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segunda-feira, 23/12/24
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Mais um corte de juros, se houver, deve ser pequeno, reforça Campos Neto

Na última semana, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia do país, a Selic, para mais uma mínima recorde, a 2%

Roberto Campos Neto: “eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal” (André Coelho/Bloomberg)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quarta-feira, 12, em evento virtual, uma série de mensagens já expressas nas divulgações mais recentes da autarquia, a respeito de política monetária. Segundo ele, “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.

“Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, acrescentou o presidente do BC.

As considerações desta quarta-feira constam de apresentação do presidente do BC feita por videoconferência no evento “Diálogos do Conhecimento”, organizado pela Petrobras.

O evento é fechado à imprensa, mas o BC disponibilizou em seu site a apresentação de Campos Neto.

Na última semana, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia do país, a Selic, para mais uma mínima recorde, a 2%. A Selic serve de referência para todas as taxas de juros da economia e, quando está baixa, estimula a economia do país, com mais crédito.

O presidente do Banco Central também disse que os setores mais afetados por isolamento social permanecem deprimidos no Brasil. Segundo ele, há uma “recuperação parcial da atividade”.

Campos Neto citou hoje, como um “desafio adicional” no período pós-covid-19, o crescimento “mais sustentável e mais inclusivo”. Além disso, destacou mudanças nas cadeias globais de valor.

Ao mesmo tempo, Campos Neto afirmou que os juros baixos e o ambiente de alta liquidez no mundo são oportunidades. “Há desafios, mas também oportunidades para se reinventar com recursos privados”, pontuou.

Liquidez

O presidente do Banco Central disse ainda que os programas dos bancos centrais durante a pandemia do novo coronavírus resultam em “grande injeção de liquidez nos sistemas financeiros”. Ao tratar das ações adotadas por governos de países emergentes, no entanto, ele ponderou que boa parte destes países tem “escopo limitado” para atuação convencional.

Campos Neto também reforçou uma ideia já expressa em outros eventos: a de que, “se não administrados adequadamente, problemas de liquidez pode se tornar problemas de solvência”.

As considerações constam de apresentação do presidente do BC feita por videconferência no evento “Diálogos do Conhecimento”, organizado pela Petrobras.

O evento é fechado à imprensa, mas o BC disponibilizou em seu site a apresentação de Campos Neto.

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