Seu filho Flávio também saiu da lista; eles estavam na lista desde 2010. Parlamentar e ex-prefeito de SP votou pela abertura do impeachment.
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O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), 84 anos, e seu filho Flávio deixaram a lista pública de procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol. Segundo o gabinete do deputado, o parlamentar deixou a lista há cerca de um mês e agora pode deixar o país sem o risco de ser preso.
Nesta segunda-feira (11), Maluf votou pela abertura de processo do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele foi um dos 35 votos favoráveis contra 27.
O nome do ex-prefeito de São Paulo (1993-1996) foi incluído na lista em 2010. A ordem de prisão valia nos 188 países onde a polícia internacional atua. Em 2012, a Suprema Corte de Nova York negou o pedido feito por Maluf para suspender a ordem internacional de prisão contra ele.
Maluf e seu filho, Flávio, foram indiciados por crimes relacionados com o desvio de mais de US$ 11 milhões em fundos públicos brasileiros supostamente transferidos para uma conta em um banco localizado em Nova York. A defesa de Maluf alega que o ex-prefeito não cometeu crimes nos Estados Unidos.
Em 2014, advogados de Maluf nos Estados Unidos apresentara à promotoria de Nova York uma proposta para pagamento de US$ 1 milhão e a cessão de um anel de US$ 250 mil para de livrar o parlamentar do processo criminal que tramita contra ele.
O advogado de Maluf para comentou sobre os motivos da retirada do nome de Maluf da lista da Interpol, mas até a publicação desta reportagem não recebeu retorno.