Dois sentidos foram bloqueados da Praça Oswaldo Cruz até a Consolação.
PM diz que cerca de 350 mil pessoas estiveram no protesto deste domingo.
A manifestação contra o governo federal, que aconteceu neste domingo (16) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, fechou a via durante a tarde. A Polícia Militar diz que cerca de 350 mil pessoas estiveram no protesto e o horário de maior concentração foi por volta das 16h. O Instituto Datafolha calculou o público em 135 mil pessoas ao longo do dia. Cinco grupos organizadores estimaram o publico entre 900 mil e 1,5 milhão de pessoas. Um desses grupos, o Vem Pra Rua, estimou em 1 milhão.
Na manifestação de março, a PM estimou o público na Avenida Paulista em 1 milhão de pessoas. Em abril, o número de participantes, segundo a corporação, foi de 275 mil pessoas (veja mapa com números de todos os protestos).
Manifestantes que foram à Paulista neste domingo seguravam faixas e cartazes para protestar contra a presidente Dilma Rousseff. Muitos vestiram camisas verde e amarela e levaram bandeiras, cães e crianças. Um grupo pedia a intervenção militar no governo. A concentração começou por volta de 10h, com maior participação entre 13h e 17h, quando as pessoas começaram a dissipar
As primeiras faixas bloqueadas foram as sentido Consolação, por volta das 11h30. Quinze minutos depois também foi fechado o sentido Paraíso. Por volta das 15h35, os manifestantes ocupavam 10 quarteirões da avenida, que tinha nove carros de som.
Os veículos que trafegavam na região precisavam usar vias próximas para desviar do trecho interditado. Também na Paulista, um grupo de motociclistas participa do protesto.
A avenida ficou completamente tomada pela manifestação por volta de 14h, quando os manifestantes circulavam a partir da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. A dispersão começou por volta das 17h e, às 18h30, os agentes de trânsito iniciaram a liberação da avenida para os veículos.
Com bandeiras, faixas e cartazes, muitos pediam a saída da presidente Dilma Rousseff. Outro cartaz destacava o trabalho do juiz federal Sérgio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato. A PM disse que 1,8 mil policiais foram deslocados para garantir a segurança dos manifestantes. A corporação registrou dois furtos de celular.
Enquanto isso, no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, manifestantes pró-governo faziam um ato de apoio a Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente à sede do Instituto Lula.
Manifestantes e curiosos interromperam os protestos por volta das 15h15 para observar o ato da modelo e socialite Ju Isen em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Ela fez um topless durante o protesto contra o governo. “É melhor tirar a blusa do que tirar o dinheiro do povo”, disse Ju. A modelo já havia tirado a roupa nas manifestações anteriores.
“Estou aqui hoje porque foi aqui que tudo começou. Foi aqui que protestei pela primeira vez. Não tinha motivo de fazer isso em outro lugar”, afirmou Ju Isen.
Manifestantes
A viúva Ilda Barreto Barba, de 70 anos, “fugiu” da família para ir ao protesto na Avenida Paulista neste domingo. Ela não contou ao filho, à nora e às netas que estaria na manifestação contra o governo. “Saí escondido, fugi”, afirmou ela, que carregava um cartaz reclamando de um desconto de 50% na em sua pensão.
O morador de rua Felipe dos Santos participa da segunda manifestação na Avenida Paulista. “Não está legal [a situação do país], aqui na frente tem uma banca de jornal, a gente passa e dá uma olhada nas capas. A gente está em uma situação ruim, mas somos brasileiros do mesmo jeito”, contou sobre os motivos que o levaram a protestar.
O ator Alexandre Frota esteve no protesto. “O brasileiro está cansado dessa roubalheira. Essa é a hora de mostrar que a gente não suporta mais. Acho que a Dilma não cai, mas ela pode desistir no meio do caminho”, afirmou. Durante a manifestação, algumas pessoas tiraram fotos com integrantes da Polícia Militar.
Entre os políticos, o senador José Serra (PSDB-SP) chegou à Avenida Paulista por volta de 16h e tirou fotos com manifestantes. “Vim como paulistano, como cidadão de São Paulo. Vim como José”, disse Serra. “As pessoas protestam, estão impacientes, mas fazem isso e maneira pacífica e até alegre.” Eduardo Jorge, que disputou as eleições presidenciais pelo PV, também foi ao protesto.
Manifestantes
A viúva Ilda Barreto Barba, de 70 anos, “fugiu” da família para ir ao protesto na Avenida Paulista neste domingo. Ela não contou ao filho, à nora e às netas que estaria na manifestação contra o governo. “Saí escondido, fugi”, afirmou ela, que carregava um cartaz reclamando de um desconto de 50% na em sua pensão.
O morador de rua Felipe dos Santos participa da segunda manifestação na Avenida Paulista. “Não está legal [a situação do país], aqui na frente tem uma banca de jornal, a gente passa e dá uma olhada nas capas. A gente está em uma situação ruim, mas somos brasileiros do mesmo jeito”, contou sobre os motivos que o levaram a protestar.
O ator Alexandre Frota esteve no protesto. “O brasileiro está cansado dessa roubalheira. Essa é a hora de mostrar que a gente não suporta mais. Acho que a Dilma não cai, mas ela pode desistir no meio do caminho”, afirmou. Durante a manifestação, algumas pessoas tiraram fotos com integrantes da Polícia Militar.
Entre os políticos, o senador José Serra (PSDB-SP) chegou à Avenida Paulista por volta de 16h e tirou fotos com manifestantes. “Vim como paulistano, como cidadão de São Paulo. Vim como José”, disse Serra. “As pessoas protestam, estão impacientes, mas fazem isso e maneira pacífica e até alegre.” Eduardo Jorge, que disputou as eleições presidenciais pelo PV, também foi ao protesto.