Artista morreu, aos 26 anos, em uma queda de aeronave, no interior de Minas Gerais, em 2021
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito do acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em novembro de 2021. Em coletiva transmitida pela Globo nesta quarta-feira, 04, foi confirmado que a queda do avião foi causada por erro dos pilotos, Geraldo Martins de Medeiros Junior e Tarcísio Pessoa Viana.
“A tripulação, por circunstâncias até então não justificáveis, atuaram com negligência e com imprudência”, disse Ivan Lopes Sales, um dos delegados da investigação. A polícia atribuiu o crime de homicídio culposo aos pilotos, mas pediu o arquivamento por conta da morte de todos os que estavam a bordo.
Segundo o delegado, não era obrigatório que as torres tivessem sinalização, além disso existiam protocolos e procedimentos a serem executados, como o levantamento prévio de possíveis obstáculos no trajeto, o que não foi realizado. Em caso da não execução do levantamento, o voo deveria seguir em passagem baixa, o que também não foi feito.
Sales ressaltou ainda que existiam documentos que possibilitavam a identificação das torres, além do EGPWS, um equipamento que emite sinais sonoros quando há a proximidade de morros e obstáculos.
“É fato que esse equipamento pode ser desligado pelos pilotos, porque na medida em que a aeronave chega para a aproximação e vai se aproximando do solo, começa a ter esses avisos. A aeronáutica não conseguiu chegar nessa informação, em razão da deterioração da aeronave, se eles desligaram ou não”.
Marília Mendonça morreu em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos. Além dela, os pilotos e tripulantes do bimotor também vieram a óbito. A cantora deixou, na época, o então namorado, Murilo Huff, o filho, Léo, e a mãe, Dona Ruth. No início de setembro, a artista foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja com Decretos Reais, projeto póstumo.