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sábado, 18/05/24
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Meirelles anuncia novo presidente do Banco Central: Ilan Goldfajn

Economista-chefe do Itaú Unibanco foi também diretor de Política Monetária do BC durante a gestão de Armínio Fraga, durante o segundo mandato de FHC

Ilan Goldfajn, novo presidente do Banco Central, era economista-chefe do Itaú Unibanco e foi diretor de Política Monetária do BC na gestão de Armínio Fraga, durante o governo FHC(Gabo Morales/Folhapress)
Ilan Goldfajn, novo presidente do Banco Central, era economista-chefe do Itaú Unibanco e foi diretor de Política Monetária do BC na gestão de Armínio Fraga, durante o governo FHC(Gabo Morales/Folhapress)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta terça-feira que Ilan Goldfajn será o novo presidente do Banco Central. Goldfajn, até então economista-chefe do Itaú Unibanco, era dado como nome certo na equipe econômica do presidente interino Michel Temer.

Goldfajn foi diretor de Política Monetária do Banco Central na gestão de Armínio Fraga, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. O presidente do BC não terá cargo de ministro do Estado no governo Michel Temer, mas deve manter prerrogativas como o foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal.

“A garantia de foro privilegiado será por meio de uma PEC (proposta de emenda constitucional) e também para que se estenda à diretoria do BC. Nessa PEC será colocada a autonomia técnica e decisória do Banco Central, para que o BC não tenha as decisões questionadas”, disse Meirelles.

O ministro não descartou a permanência do atual presidente do BC, Alexandre Tombini, na equipe econômica. “Contamos com o doutor Alexandre Tombini para continuar na alta administração federal em outra função. Não é hora ainda de anunciar ainda. Enquanto não for empossado o novo presidente, é ele (Tombini)”, afirmou.

Ilan e Marcelo Caetano, que encabeçará a Secretaria da Previdência, estavam em voo em direção a Brasília e não compareceram ao anúncio. O ministro antecipou a apresentação, inicialmente prevista para 11h, para que ela ocorresse antes da abertura dos mercados.

“O Marcelo Caetano tem como principal responsabilidade formular a política de Previdência no Brasil. Ontem fizemos uma reunião com centrais sindicais e nesta reunião estabelecemos um prazo de 30 dias. É a minha sugestão. Concordo com o prazo”, afirmou Meirelles. “Não temos uma proposta pronta e não vamos fazer nada precipitado. Teremos uma política coordenada. A ideia é uma proposta discutida com as centrais, Congresso e a sociedade.”

Carlos Hamilton é novo secretário de Política Econômica. Ele é economista da FGV, funcionário de carreira do Banco Central e foi diretor de Política Econômica do BC no governo Dilma. “Fui encarregado pelo presidente Michel Temer de ser o coordenador, e o formulador será Carlos Hamilton”, disse Meirelles.

Mansueto de Almeida Júnior foi apresentado como secretário de Acompanhamento Econômico, cargo em que vai se dedicar à qualidade das despesas públicas, segundo Meirelles. “O foco principal neste primeiro momento é uma análise detalhada das despesas públicas e que vai dar o fundamento para as medidas que vamos tomar futuramente. Vamos tomar medidas eficazes e definitivas, que não tenham que ser revistas seis meses depois”, disse. E complementou. “É como se diz, ‘vamos devagar que eu estou com pressa’. A ideia é nos mover rápido de forma eficaz, sem idas e voltas”, afirmou.

O secretário executivo será Tarcísio Godoy, que ocupou o mesmo posto na gestão de Joaquim Levy. Nesta segunda-feira, a Presidência da República anunciou a economista Maria Sílvia Bastos Marques como presidente do BNDES.

Próximos nomes – A próxima rodada de anúncios de presidentes incluirá os titulares dos bancos públicos, como Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Meirelles disse que pode manter os atuais titulares.

“Todos aqueles que não têm substituto, por enquanto, vão permanecer nos cargos”, segundo o ministro. Um deles é o secretário de Tesouro, não anunciado por Meirelles. O posto continuará sendo ocupado por Otávio Ladeira. Ele também manteve Jorge Rachid na Receita Federal.

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