20.5 C
Brasília
quinta-feira, 14/11/24
HomeBrasíliaMilitar simula próprio sequestro para pagar dívida de droga com resgate

Militar simula próprio sequestro para pagar dívida de droga com resgate

Colega pediu à mulher da falsa vítima R$ 600 para ‘liberá-la’; crime foi no DF. Homem é da Aeronáutica, resistiu à prisão, agrediu agente e xingou policiais.

Região onde militar da Aeronáutica foi preso em Brasília por simular próprio sequestro (Foto: Google/Reprodução)

Um militar da Aeronáutica foi preso suspeito de simular o próprio sequestro para tentar conseguir R$ 600 da mulher em Brasília no último domingo (13). Ao delegado da 23ª DP (Ceilândia), o homem informou que usaria o dinheiro para pagar dívidas de droga. Ele foi levado para o Sexto Comando Aéreo Regional.

[O homem] assumiu a posse da droga e que teria ‘usado’ o amigo para simular um sequestro e exigir a quantia de R$ 600 da vítima para pagar dívida de droga”
Polícia Civil

De acordo com a Polícia Civil, o militar tem 38 anos e agiu na companhia de um colega, de 50. Eles ligaram para a mulher da suposta vítima para informar sobre o sequestro e pedir que o pagamento do resgate fosse feito na QNM 11 de Ceilândia, perto de um comércio atacadista. Ela então pediu apoio a uma guarnição da Polícia Militar.

O colega chegou ao local dirigindo um carro popular. O militar estava no banco de passageiro. Os PMs surpreenderam a dupla e abordaram o veículo, achando três porções de entorpecentes. “[O homem] assumiu a posse da droga e que teria ‘usado’ o amigo para simular um sequestro e exigir a quantia de R$ 600 da vítima para pagar dívida de droga”, informou a polícia.

Levado à delegacia, o homem resistiu à prisão, xingou os policiais, agrediu um agente e disse que eles não tinham autoridade para prendê-lo. A mulher do militar requereu medidas protetivas de urgência contra ele, conforme a Lei Maria da Penha.

O G1 procurou a Aeronáutica para questionar se o homem será punido ou expulso após o crime, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e foi encaminhado para carceragem. O amigo não teve fiança arbitrada porque já era foragido da Justiça.

Segundo a Polícia Civil, os crimes cometidos foram porte de droga, lesão corporação, ameaça, tentativa de estelionato, resistência, desacato e infração à Lei Maria da Penha. As penas não foram informadas.

Mais acessados