Além da vacina desenvolvida pelo Sinovac, o governo federal tem parceria com o laboratório AstraZeneca e com o consórcio global
O Ministério da Saúde vai comprar a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com o governo de São Paulo, a aquisição será por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e vai garantir 46 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações. As duas partes ainda vão acertar os detalhes para divulgar como serão os termos da parceria.
O acordo foi firmado em reunião virtual do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com governadores, realizada na tarde desta terça-feira, 20. A compra será condicionada à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à comprovação da eficácia da vacina. A previsão é iniciar a vacinação em janeiro de 2021.
O estado de São Paulo firmou uma parceria com o laboratório Sinovac para a compra de 46 milhões de doses da vacina para o estado, sendo 6 milhões já prontas e as outras 40 milhões formuladas pelo Instituto Butantan até dezembro de 2020. Até fevereiro de 2021 serão mais 15 milhões de doses, totalizando 61 milhões.
O Ministério da Saúde tem à disposição ainda outras duas vacinas para distribuir a nível nacional. Uma delas é a desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O acordo prevê a distribuição das primeiras 15 milhões de doses em janeiro de 2021. O total recebido será de 100 milhões de doses e mais 165 milhões produzidas pela Fiocruz. O valor total deste acordo é de 2 bilhões de reais.
A outra aposta é da aliança global Covax Facility que vai permitir ao Brasil ter acesso a uma de nove vacinas em desenvolvimento atualmente. Neste pacote estão 40 milhões de doses. Entre estas nove vacinas não está incluída a do laboratório Sinovac. Nesta parceria, duas doses necessárias para vacinar uma pessoa vai custar 21 dólares.
Governo de SP não dá data certa para vacinação
Até semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vinha dizendo que o início da vacinação contra a covid-19 no estado seria no dia 15 de dezembro. Com o atraso nos resultados da fase de testes, fundamentais para comprovar a eficácia, o discurso mudou e os integrantes da equipe de saúde passaram a dizer que não há como especificar uma data para o começo da campanha de imunização.
De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, responsável pela fase de testes da vacina chinesa do laboratório Sinovac no Brasil, todo o estudo de uma vacina dura, em média, 12 meses, mas que tudo está sendo o mais adiantado possível.