Tereza Cristina afirmou durante live com Bolsonaro que, por conta da pandemia, brasileiro começou a consumir mais o produto
Em live na noite desta quinta-feira (29/10) com o presidente Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina comentou sobre a alta no preço do arroz. “O arroz nos últimos anos teve um preço muito baixo, teve uma concorrência dos países vizinhos e muita gente teve que sair da atividade porque teve prejuízo, muita gente quebrou, inclusive”, explicou.
No entanto, apontou, houve uma melhoria na área em 2020. “Nós fizemos um plano para recuperação do plano de arroz, abrimos alguns mercados, o que aconteceu? A pandemia veio, o produtor de arroz cresceu, mesmo diminuindo a área ele teve aumento de produtividade muito grande e este ano não tivemos a entrada do arroz do Paraguai na quantidade do ano passado”.
Segundo a ministra, por conta da pandemia, o brasileiro começou a consumir mais o produto.
“Houve uma mudança de hábito na pandemia e passamos a comer mais arroz e deu subida de preço que, num primeiro momento, o agricultor ganhou dinheiro, mas hoje ele não ganhou esse preço todo que o arroz chegou, não. Estamos vivendo no mundo um desequilíbrio em vários preços dos produtos das commodities. O arroz foi um deles. O auxílio emergencial fez também o aumento dessa demanda. Em setembro, tiramos o imposto de importação. A gente sabia que o preço não ia cair, mas não ia subir mais. Então ele realmente parou de subir e hoje já tem ligeira queda. Vamos ter nova safra em janeiro e os preços vão reduzir”, prometeu.
Cobrança
No último domingo, durante um passeio por Brasília, Bolsonaro foi cobrado da população sobre o custo de vida. O chefe do Executivo fez uma rápida parada próximo à Feira Permanente do Cruzeiro, onde cumprimentou apoiadores. No entanto, o mandatário se mostrou irritado ao ser interpelado por um deles para que barateasse o preço do arroz, item essencial na cesta básica que sofreu alta nas últimas semanas. “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”, pediu o homem.
O presidente então disparou: “Tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”.