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segunda-feira, 23/12/24
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Ministro da Saúde se diz animado com projeto que muda regras dos planos de saúde

 

Ministro da Saúde, Ricardo Barros, garante que idosos com mais de 60 anos que já tenham plano de saúde não seriam afetados pela mudança

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse “estar animado” com o projeto que muda as regras dos planos de saúde, que teve parecer aprovado em comissão da Câmara e poderá ir à votação em plenário esta semana. O parecer teve relatoria do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), e dentre as mudanças uma das mais polêmicas é a que permite o aumento no valor dos planos para quem tem mais de 60 anos, o que é proibido desde a implantação do Estatuto do Idoso, em 2004.

“Nós não temos nenhum problema com o aumento, com a proibição do aumento para os idosos. Nós temos que resolver é que, antes de ele fazer 60 anos, o aumento é de 100%. Então, a proteção que está ofertada no Estatuto do Idoso, na prática, não tem produzido resultado”, sustentou Ricardo Barros, ao Estado. “Como o plano não pode aumentar depois dos 60, ele aumenta aos 59 com taxas altíssimas. Isso expulsa o cidadão da cobertura do plano ”

Segundo o ministro, idosos com mais de 60 anos que já tenham plano de saúde não seriam afetados pela mudança. “Essas pessoas têm direito adquirido. A lei não retroage, a não ser para beneficiar”, afirmou.

Barros declarou que “a regra atual não é boa”, e não apenas no que se refere aos valores dos planos.

“De nossa parte, evidentemente, gostaríamos muito que houvesse uma solução para esse assunto, para as multas que estão judicializadas – bilhões (de reais) em multas que a ANS não recebe. O ressarcimento de quem tem plano e usa o SUS e também está judicializado, são muitos bilhões também que nós não conseguimos receber, e a questão do idoso. Tem mais um tema que não está funcionando bem, que é a questão da taxa de regulação que a agência cobra das operadoras e elas não estão pagando”, disse. “Quando a regra não é boa, as pessoas vão reclamar na Justiça. Essas coisas que estão judicializadas merecem uma solução harmônica.”

Na avaliação dele, o assunto deverá estar decidido em meados do próximo ano “se tudo ocorrer num ritmo bom”. Questionado se um tema polêmico como esse não poderia ser afetada com a proximidade das eleições, Ricardo Barros declarou que se trata de algo que não se resolve facilmente. “O poder político tem o seu tempo. Lá na Câmara, todos os interessados pressionam de alguma forma os seus parlamentares para defender este ou aquele ponto de vista”.

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