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sexta-feira, 15/11/24
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Mogi tem pior índice de economia de água desde início da campanha

Segundo Semae, moradores reduziram consumo em 14,15% em junho.
Ação faz parte do plano de contingência lançado pelo Semae em fevereiro.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou nesta quarta-feira (1º) que a cidade fechou o mês de junho com redução de 14,15% no consumo de água em relação ao mesmo período de 2014. O percentual equivale a 180 mil metros cúbicos de água. O resultado é o pior desde o início da campanha, em fevereiro, quando o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) estipulou a meta de 30% de economia mensal em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em maio a redução foi de 20%, segundo a autarquia. Em abril, Mogi das Cruzes havia conseguido diminuir o gasto em 15,34%. Em  março, a queda no consumo foi de 25% e em abril de 15,34%.

Ainda sob os efeitos da crise hídrica que afeta o Estado de São Paulo, a Prefeitura e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) seguem com a campanha de conscientização para o uso racional da água. O plano de contingênciaapresentado em fevereiro contém uma série de medidas práticas que, segundo o Semae, estão em andamento, entre elas a ampliação das equipes de rua (com o objetivo de solucionar vazamentos mais simples em até 24 horas) e o mapeamento dos poços artesianos particulares (que poderão ser usados em caso de necessidade e do agravamento da crise hídrica), além do aumento do número de caminhões-pipa (em fase de licitação).

Para apoiar a população, a autarquia elaborou um conjunto de materiais de orientação, com dicas de economia para o cotidiano e também lançou, em parceria com a secretaria de Educação, o jogo educativo Amigos da Água, que orienta as crianças a utilizar água de forma responsável e atuar como agentes multiplicadores de novos hábitos, principalmente na família.

Suzano
O governador Geraldo Alckmin entregou na segunda-feira (29) uma nova obra para ampliar a vazão do Sistema Alto Tietê e voltou a descartar o rodízio. De acordo com a Sabesp, foram feitos 9 quilômetros de adutoras para ligar o Rio Guaió, no trecho de Suzano, ao Sistema Alto Tietê. A vazão foi ampliada em mil litros. Esta é uma das medidas do pacote de intervenções do Estado na tentativa de garantir o abastecimento durante a crise hídrica.

Alckmin voltou a decartar o rodízio, mas alertou que o uso racional deve ser mantido. “Podemos sim descartar o rodízio. Nós não estamos contando com chuvas do período de julho, agosto e setembro, porque entendemos que é período seco, de inverno. Nós queremos conseguir chegar próximo a afluência de água do consumo. Como a gente sabe que a afluência lá no Cantareira é em torno de 13 [metros cúbicos por segundo], a afluência pode cair, e vamos imaginar um quadro bem seco: cair para 7, faltariam 6 metros cúbicos por segundo: 1 do Guaió, 1 do Guarapiranga, 4 do Rio Grande.”

As obras do Sistema Rio Grande estão previstas para setembro, mas para o governador está “perfeitamente dentro do necessário, porque se você tiver problema é a partir de setembro”.

Obras no Rio Guaió
Os trabalhos para captar água do Rio Guaió foram feitos em Suzano, perto do limite comFerraz de Vasconcelos. São 9 quilômetros de adutoras para levar 1 m³/s para o Ribeirão dos Moraes, afluente do Rio Taiaçupeba/Mirim, que, por sua vez, deságua na Represa Taiaçupeba. De acordo com a companhia, as intervenções beneficiam 300 mil moradores deArujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes, além de parte de Guarulhos, na Grande São Paulo, e uma parcela da zona leste da capital.

O Rio Guaió nasce em Mauá, na região do ABC, e tem cerca de 20 quilômetros de extensão, passando por Ribeirão Pires, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Poá.  De acordo com a Sabesp, foram investidos R$ 28,9 milhões para ligar o rio ao sistema. Além da tubulação, foi construída uma estação elevatória para bombeamento.

Sistema Alto Tietê
O Sistema Alto Tietê é composto por cinco represas (Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba), alimentadas pela chuva direta sobre elas e pelos rios que as abastecem.

Com capacidade para tratar 15 mil litros por segundo, o sistema é responsável pelo abastecimento  de 4,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, principalmente na Zona Leste da capital paulista.

Em dezembro de 2013, a água produzida na região passou a atender parte da população que antes era abastecida pelo Sistema Cantareira, mas a medida foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin apenas em março de 2014.

Segundo a companhia, a entrada do Rio Guaió vai amplia o nível de todo o sistema e a medida é essencial para garantir o abastecimento no período de estiagem, que segue até setembro.

Outras obras
Em janeiro, foi entregue a ampliação da transferência de água do Córrego Guaratuba para o Sistema Alto Tietê de 500 litros por segundo para 1000 litros por segundo. O córrego nasce na Serra do Mar e deságua em Bertioga. A Sabesp ampliou a adutora e a estação elevatória localizadas no córrego, na altura de Biritiba Mirim (SP). A água captada é bombeada para o Rio Claro, que deságua na represa de Ponte Nova.

Outra obra que deve amenizar a situação do Cantareira é a ligação com o Sistema Paraíba do Sul. A obra vai afetar o município de Santa Isabel, por causa da Represa do Jaguari. “Isso deve ficar pronto em 2017. Teremos em média 5 metros cúbicos por segundo a mais para o Cantareira. Podendo, o que é mais importante, chegar no inverno a 10 metros cúbicos por segundo. É mão dupla. O Cantareira não é muito grande. Quando chove demais ele tem que soltar água, aí você guarda no Jaguari”, disse Alckmin.

Outra obra, a interligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê, começou no dia 4 de maio, com cerca de três meses de atraso. Prevista para começar em fevereiro deste ano, a obra orçada em R$ 130 milhões deveria ter sido entregue parcialmente em maio e atrasou para sair do papel devido à demora do licenciamento ambiental, segundo o governo. Quando a obra estiver concluída, haverá uma transferência de 4 mil litros de água por segundo para o Sistema Alto Tietê e vai ser ampliada em cerca de um terço a retirada de água no local.

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