Uma senhora com a idade entre 60 e 69 anos, residente em Ceilândia, faleceu na semana passada por complicações da doença
Na semana passada, a dengue levou a sua segunda vítima aqui no Distrito Federal. Uma senhora com a idade entre 60 e 69 anos, que residia em Ceilândia, morreu devido às complicações da infecção pelo aedes aegypti, que cresce gradualmente na capital federal.
A primeira vítima da dengue no ano foi outra mulher da mesma faixa etária, que no mês de março, faleceu pela dengue em Sobradinho II. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), além destes dois óbitos, 34 pessoas chegaram a ficar em estado grave neste ano de 2022.
Até a publicação do último boletim, nesta última quinta-feira (19), foram confirmadas 41.415 casos de dengue na capital federal. Em comparação, o número é 528% maior do que os cinco primeiros meses de 2021.
Os brasilienses das faixas etárias 30 e 39 anos e de 40 e 49 anos somam os maiores números de infectados pelo mosquito da dengue. Somados, o público equivale a 13.425 infecções, cerca de 33% dos casos totais. Os tutores responsáveis pelas crianças devem ter uma atenção especial, já que, até a semana passada, 6.029 brasilienses de 0 a 14 anos foram contaminados pela dengue, sendo 307 delas menores de 1 ano de idade.
São Sebastião e Sobradinho II possuem maiores incidências
As regiões administrativas de São Sebastião e Vicente Pires são as que mais possuem incidência de infecções por dengue por 100 mil habitantes. São Sebastião possui as maiores taxas de contaminação populacional desde o início das primeiras publicações do boletim epidemiológico neste ano de 2022.
Enquanto a incidência por 100 mil habitantes de todo o DF é de 1.269 casos, em São Sebastião a taxa é de 2.130, e em Vicente Pires é de 1.803 contaminações.
Já em números totais, Ceilândia, onde faleceu a segunda vítima da doença, lidera o ranking de contaminação pela dengue com 7.731 contaminações. Em seguida, Samambaia com 3.973 e São Sebastião com 2.606 casos, são as três regiões com mais moradores infectados pelo aedes aegypti.
Casos tendem a diminuir, diz Saúde
Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Saúde, Pedro Zancanaro, em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (19), quando o novo boletim foi publicado pela pasta, a expectativa é que o pico de casos da doença esteja sendo vivido atualmente. O secretário afirmou também que, com a chegada do frio no Distrito Federal, o número de ocorrências deve começar a ter uma diminuição.
De acordo com Zancanaro, os agentes de saúde do Governo do Distrito Federal (GDF) realizam visitas nas residências de forma constante. “Continuamos identificando que 90% dos locais com presença de larvas e mosquitos ainda estão nos quintais das casas. Por isso precisamos da participação da população nesse combate”, disse.
Em uma nota enviada para o Jornal de Brasília, a Secretaria de Saúde disse que, de forma semanal, são realizadas análises das incidências de casos por região e também das cidades em que há maior presença do mosquito.“Após essa análise, as regiões que apresentam maior aumento passam a receber uma intensificação das ações, inclusive com o uso do UBV Pesado (fumacê), que é apenas uma das estratégias utilizadas no combate ao mosquito”, informou a pasta.