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Morre homem baleado por PM após briga de trânsito em Taguatinga

Weverton Leonardo Elias, 31 anos, estava em tratamento desde 2 de agosto de 2019, quando foi atingido na cabeça por um policial militar aposentado. Na madrugada desta segunda-feira, ele não resistiu aos ferimentos

Família guarda imagem de uma pessoa que não media esforços para fazer o bem
(foto: Reprodução)
O homem baleado por um policial militar após uma briga de trânsito morreu nesta segunda-feira (16/3). Weverton Leonardo Elias, 31 anos, não resistiu aos ferimentos do disparo que sofreu em 2 agosto de 2019. Na ocasião, a vítima havia sido atingida na cabeça após fechar Francisco Cipriano, um PM aposentado de 49 anos, na avenida Elmo Serejo, em Taguatinga.
Técnico de tecnologia da informação, ele estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular desde quinta-feira (12/3), como contou a irmã. “O Weverton passou por quatro cirurgias recentes, teve que receber bolsas de sangue e acabou adquirindo uma infecção. Ela generalizou e acabou ocasionando uma falência múltipla nos órgãos”, lamentou Asline Glenda Elias, 45.
Ela diz ainda que agora fica a imagem de alguém que sempre pensou no próximo, mesmo que fosse desconhecido. “Meu irmão era uma pessoa de coração generoso, que não media esforços para fazer o bem. Ele era família, querido por amigos e fazia caridades para quem nem conhecia. Mensalmente, o Weverton organizava caravanas de entrega de alimentos para quem precisava”, lembra Asline.

Crime

Com a morte da vítima, os advogados da família vão entrar com pedido de alteração da queixa-crime para homicídio. O inquérito policial foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). O acusado foi identificado ainda em agosto daquele ano e se entregou, mas não foi detido por não ter sido pego em flagrante.
Francisco Cipriano era instrutor de tiro da PM e afirmou que não tinha a intenção de atirar na vítima e que não sabia se o disparo tinha atingido o motorista. O Correio entrou em contato com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) para apurar como ocorreu a investigação e se o acusado está detido. A coorporação informou que a ação penal tramita no Tribunal do Júri de Taguatinga.

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