Vítimas foram encontradas já sem vida e com ferimentos profundos, como cortes no pescoço; elas também foram estupradas pelo pedreiro
O motorista de caminhão Regivaldo Batista Cardoso, marido de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e pai de três meninas, falou pela primeira vez à imprensa sobre o assassinato brutal delas, em novembro, na cidade de Sorriso, no Mato Grosso.
— Assim que a perícia liberou eu entrei na casa, não vi os corpos, mas senti o cheiro, o desespero, marcas de sangue na porta , na janela. Eu morri junto com elas. Esse desgraçado acabou com minha vida também, qual motivo eu tenho pra seguir? Ele acabou com minha vida também — disse Batista ao programa SBT Comunidade.
O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos trabalhava em uma obra ao lado do imóvel onde viviam Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e duas meninas de 10 e 12 anos. Em depoimento, Gilberto alegou que teria invadido a casa com a intenção de roubar, após usar entorpecentes, mas foi confrontado por Cleci.
Segundo a polícia, a mãe foi a primeira vítima. Ela foi esfaqueada no pescoço. Com a movimentação, a filha mais velha saiu do quarto e também foi atacada por ele. Depois, o mesmo aconteceu com a menina de 12 anos. As três foram estupradas por Gilberto. A filha mais nova, de 10 anos, foi asfixiada em seguida.
— Espero que a Justiça seja rápida e célere, que esse cara nunca mais saia da cadeia, que ele paga para o resto da vida dele — afirmou Batista.
Os corpos das vítimas foram encontrados já sem vida e com ferimentos profundos, como cortes no pescoço, segundo a Polícia Civil. Depois de cometer o crime, Gilberto dos Anjos retornou para o terreno ao lado, onde passava a noite. As roupas sujas de sangue foram recolhidas em um contêiner da obra, durante as investigações.