Vice-presidente citou como exemplo universidades do Espírito Santo que fazem rodízio entre os alunos nas aulas presenciais e pediu “coerência”: “A mesma turma que não quer voltar para aula, vai para balada, vai parar bar”, emendou
O vice-presidente Hamilton Mourão criticou nesta quinta-feira (3/11) o posicionamento de universidades e de institutos federais que se mostraram contrários a volta às aulas presenciais no começo do ano que vem. O general caracterizou a recusa como “hipocrisia”, pois, segundo ele, “as pessoas vão para bares, mas não podem ir para a aula”.
“Isso é um assunto controverso, porque acho que até tem certa hipocrisia. As pessoa saem para a rua, vão para bares, restaurantes, mas não podem ir para aula”, apontou.
Mourão citou como exemplo universidades do Espírito Santo que fazem rodízio entre os alunos nas aulas presenciais e pediu “coerência”. “Lá no Espírito Santo eles estão com aula presencial. Vai metade da turma em um dia, metade no outro, de modo que você tenha o distanciamento na sala de aula. Com boa vontade e a gente consegue. A mesma turma que não quer voltar para aula, vai para balada, vai parar bar. Então, vamos ser coerente nas coisas”, argumentou.
Na noite de quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro defendeu a volta das aulas presenciais em “todos os níveis”. A declaração ocorreu após a polêmica portaria publicada pelo Ministério da Educação que previa o retorno às aulas presenciais nas universidades e institutos federais de ensino a partir de 4 de janeiro de 2021. O chefe do Executivo comentou também que conversou com o ministro da pasta, Milton Ribeiro sobre a revogação da medida.
“Nós queremos voltar à aula presencial em todos os níveis, mas os reitores agora chegaram nele [ministro da Educação]: “Não. Queremos começar só em 2022”. Aí, no meu entender, não tem cabimento, até porque esse vírus aqui, ele fica grave de acordo com a idade da pessoa e comorbidades”, justificou a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Portaria
O Ministério da Educação (MEC) recuou da portaria nº 1.030, que decidia pelo retorno às atividades presenciais nas instituições federais no começo do ano e decidiu revogá-la. A portaria havia sido divulgada na manhã de ontem (2), mas teve repercussão negativa.