Bebê tinha apenas 11 dias, sobreviveu, mas ficou com lesão no crânio. No momento, não havia ninguém vigiando UTI Neonatal.
O Ministério Público denunciou à Justiça nove profissionais de saúde, incluindo enfermeiras e técnicas de enfermagem, por entender que levaram à queda de um bebê prematuro da incubadora. Segundo o MP, o grupo deve responder por lesão corporal culposa, por terem causado causado a lesão craniana do bebê de 11 dias.
De acordo com a denúncia, as profissionais reduziram a vigilância sobre os recém-nascidos ao realizarem a divisão de horário no plantão noturno da UTI Neonatal do Hospital Regional de Sobradinho. O caso do bebê aconteceu em 19 de novembro de 2013.
No momento, não havia nenhuma profissional presente onde o prematuro se encontrava, apesar de todo o grupo estar escalado. Seis das profissionais estavam em repouso, enquanto só três estavam de fato trabalhando. Segundo a acusação, elas agiram de forma negligente e violaram regras da profissão.
Como o crime é de menor potencial ofensivo, foi proposto que elas prestem serviço comunitário e doem kits para uso do Instituto Médico Legal (IML). Elas aceitaram a oferta do MP, e o processo foi suspenso.
O MP alerta para o fato de que esquemas de rodízio de plantão, apesar de corriqueiros, são ilegais. O órgão informou ainda que busca reprimir a prática porque coloca em risco os pacientes internados em hospitais do DF.