Rafael Barbosa chefiou Saúde; ele teria recebido verba por meio de fraude. Ele nega crime e diz que Instituto de Doenças Renais já estava contratado.
O Ministério Público do Distrito Federal entrou com ação por improbidade administrativa contra o ex-secretário de Saúde, Rafael Barbosa, o Instituto de Doenças Renais de Ceilândia e Samambaia e outras quatro pessoas. Na ação, os promotores afirmam que as entidades foram administradas de forma fraudulenta e que verbas ilícitas foram repassadas ao então gestor.
À TV Globo, Barbosa disse que agiu dentro da legalidade e que o contrato do GDF com a clínica da ex-mulher já tinha 15 anos quando ele assumiu a Secretaria de Saúde. Ele afirmou que o contrato foi renovado inclusive pela atual gestão, em novembro deste ano.
De acordo com a ação, havia “típica conduta de lavagem de dinheiro”. Os promotores afirmam que os sócios antecipavam o pagamento de despesas do instituto com dinheiro sem origem lícita, que supostamente viriam de crimes contra a administração pública.
Para o MP, o esquema montado na Secretaria de Saúde para favorecer o instituto envolvia também médicos que atuavam como servidores públicos executando contratos ao mesmo tempo em que participavam do corpo clínico da entidade, “revelando a deslealdade com a administração pública e quebra dos princípios da legalidade, honestidade, moralidade e lealdade”.
O órgão disse que as entidades são passíveis de responsabilização por infringirem a Lei de Licitações (Lei 8.666/93) e utilizarem, em proveito próprio, verbas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.