22.5 C
Brasília
quinta-feira, 28/03/24
HomeDistrito FederalMPDF pede paralisação das obras do Noroeste

MPDF pede paralisação das obras do Noroeste

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou com uma ação civil pública para suspender imediatamente as obras de terraplanagem e infraestrutura no Setor Noroeste.

A ação conjunta entre as Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e do Meio Ambiente (Prodema) têm o intuito de impedir a expedição de alvarás de construção para prédios no local e evitar danos ao conjunto urbanísticos de Brasília.

O processo para suspender as obras no setor tramita na Vara do Meio Ambiente desde junho último. Segundo o MP, há riscos de danos irreparáveis ao meio ambiente, à ordem urbanística e ao patrimônio tombado do Distrito Federal com a retirada de parte da vegetação do local. De acordo com a ação, com a implementação da segunda etapa do Noroeste já foram retiradas vegetações de áreas não autorizadas.

Terracap, responsável pelo financiamento do empreendimento, não se pronunciou A Novacap, responsável pelas obras, informou que ainda não foi notificada, mas que vai acatar a decisão da Justiça.

Segundo o MP, o projeto atual de expansão do Noroeste prevê obras em locais que fazem parte da área tombada que integra a “escala bucólica da capital”.

Além de pedir a suspensão das obras no setor, a Prourb e a Prodema solicitam que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) seja obrigado a fiscalizar as construções e que a Caesb informe sobre o nível de contaminantes remanescentes do tratamento de esgoto lançado no Lago Paranoá.

A Caesb informou que vai responder tecnicamente a questão, quando for solicitada oficialmente.

Em maio último, o Tribunal de Contas do Distrito Federal chegou a suspender a licitação para implantar e adequar a infraestrutura do Setor Noroeste. De acordo com o órgão, o pregão, estimado em R$ 11,8 milhões, possuía diversas irregularidades, como possível limitação à competitividade e falta de clareza sobre os serviços a serem desenvolvidos. Também segundo o tribunal, não foram listadas as obras e projetos que seriam realizados.

Mais acessados