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sexta-feira, 15/11/24
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Mulher fica oito meses em cárcere no PI com homem que conheceu na internet; vítima disse que engravidou e teve que abortar

Segundo relatos da vítima à polícia, ela chegou a engravidar e ser obrigada a abortar durante o tempo em que ficou refém. O homem foi preso e vai passar por audiência de custódia. Polícia pediu prisão preventiva.

Mulher conhece homem pela internet e é mantida oito meses em cárcere no PI; vítima teria engravidado e sido obrigada a abortar — Foto: Divulgação/PCPI

Uma mulher de 48 anos conseguiu fugir, na tarde dessa quinta-feira (29), após permanecer por oito meses em cárcere privado na casa de um homem que conheceu pela internet. A vítima pulou o muro da casa do suspeito, identificado como Ideni Gonçalves de Farias, de 50 anos.

Ele foi preso pela Polícia Militar de Água Branca, onde o crime aconteceu, cidade 100 km ao Sul de Teresina. Ela contou que chegou a engravidar e ser obrigada a abortar durante o período que estava no cárcere.

A mulher aproveitou um momento em que o homem foi para a porta de casa, falar com um vizinho, para pular o muro do quintal e fugir. Ao chegar à rua, ela conseguiu pedir ajuda a uma viatura da PM que passava pela região.

De acordo com o relatório dos policiais militares do 18º Batalhão, a mulher foi encontrada no Residencial Macedo, por volta das 13h e estava com lesões nos braços. Ela informou que havia sido espancada, que era ameaçada de morte e que ele andava à sua procura.

“Fomos ao local da ocorrência e o acusado dizia que não tinha agredido sua amásia, mas como a vítima estava com lesões nos braços, conduzimos o casal para o DP (distrito policial) para serem tomadas as medidas cabíveis. No DP o acusado foi autuado em flagrante e ficou preso por violência doméstica”, informaram os policiais no relatório.

Conforme relatos da vítima na delegacia, o homem a mantinha sob abusos físicos, sexuais e psicológicos. De acordo com o delegado Bruno Luz, a mulher é de Campos Sales (CE) e conheceu o suspeito em um site de relacionamentos. As cidades ficam a cerca de 350 km de distância.

“Ele nega que tenha praticado, mas pelas declarações dela, ele a subjugava porque era mulher. Ela disse que chegou a ficar grávida dele e teve que praticar um aborto. Ela foi levada a um hospital para coletar sangue e detectar presença de BETA HGC [exame de gravidez], mas não foi identificado devido ao tempo. Mas isso continuará sendo investigado”, contou.

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