Um juiz deixou em liberdade sob fiança nesta segunda-feira seis ex-conselheiros da Catalunha, mas manteve na prisão dois ativistas favoráveis à secessão e dois membros importantes do governo da região do nordeste da Espanha.
O Executivo catalão foi dissolvido pelas autoridades centrais em Madri há um mês, após uma declaração de independência sem precedentes. O vice-presidente deposto da Catalunha, Oriol Junqueras, o ex-conselheiro de Interior, Joaquim Forn, e os líderes de dois coletivos pela independência de base seguirão na prisão, decidiu o magistrado Pablo Llarena, do Tribunal Supremo
Em comunicado do tribunal, Llarena disse que ainda é preciso ver se o compromisso dos dirigentes de acatar a lei espanhola e renunciar à independência unilateral da Catalunha é “veraz e real”.
Os outros seis políticos catalães presos em novembro acusados de rebelião, entre outros delitos, terão de pagar uma fiança de 100 mil euros (US$ 118 mil) para sair da cadeia.
Na Bélgica, o também deposto presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, e outros quatro líderes separatistas comparecerão de novo nesta segunda-feira a um tribunal em Bruxelas para se analisar um pedido de extradição deles para a Espanha.
Puigdemont quer encabeçar seu partido nas eleições regionais de 21 de dezembro, convocadas pelo governo do premiê Mariano Rajoy em uma tentativa de encontrar uma solução democrática para a pior crise institucional do país em quase quatro décadas. Independentemente da decisão tomada nesta segunda-feira, poderão ser apresentadas até duas apelações e a decisão definitiva poderia sair após a votação catalã.