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sábado, 23/11/24
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O custo atual do Poder Legislativo é inaceitável, diz Reguffe

Senador defende controle das despesas, mas adverte que parlamentares também precisam ter bandeiras próprias

O custo do Poder Legislativo ultrapassou os limites do bom senso, mas a missão de um parlamentar não se limita a poupar o dinheiro público. Assim pensa o senador brasiliense José Antônio Reguffe (PDT). “O custo atual do parlamento para o contribuinte é excessivo, revoltante e inaceitável. Deveria custar muito menos”, afirmou Reguffe.

Em uma pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública sobre a percepção dos brasilienses sobre a Câmara Legislativa, apontou que os eleitores esperam, em especial, que seus representantes fiscalizem o Executivo e economizem  dinheiro público.

Segundo o senador, um mandato parlamentar não pode ser reduzido à economia de gastos. “Há os votos que o parlamentar dá; os discursos que faz e as ações que esses geram; os projetos e emendas que ele destina”, completou. Nesse sentido, os mandatos de Reguffe como deputado distrital, federal e, atualmente, como senador não se limitaram a poupar. Um exemplo disso é a bandeira da redução dos impostos cobrados nos medicamentos.

A estratégia política de Reguffe vem rendendo votações expressivas a cada eleição. Quando tomou posse no Senado, voltou a cortar gastos. Reguffe reduziu a verba de gabinete, abriu mão totalmente da vebda indenizatória, plano de sáude, reduziu o número de assesores, dispensou o  carro oficial e os recursos para combustível. Até o final do mandato, estas decisões irão gerar a economia de R$ 16,7 milhões, segundo as contas do senador.

Insatisfação

A pesquisa do Exata OP ouviu 600 pessoas. Conforme o estudo a maioria dos entrevistados está insatisfeita com o trabalho dos políticos na Câmara. De acordo com o estudo, 39,2% estão totalmente insatisfeitos com a Câmara Legislativa e 30,3% encontram-se pouco satisfeitos. Declaram-se satisfeitos 1,3% e meio satisfeitos, 25,8%

Dentro deste contexto, a população sinalizou claramente o que espera dos parlamentares. A prioridade, na opinião do povo, é a fiscalização constante do governo e a economia com os gastos públicos, inclusive dentro dos próprios gabinetes. Votação e elaboração de projetos no plenário ficou em terceiro plano.

Distritais admitem falha

A insatisfação da população repercutiu entre os deputados distritais. Os parlamentares reconhecem que ainda estão distantes da aprovação das ruas. “O estudo mostrou que 75% das pessoas dizem que a Câmara é necessária, mas 69,5% estão insatisfeitos em algum grau. Essa Câmara ainda não está legal”, ponderou o deputado distrital Joe Valle (PDT).

Na avaliação de Valle, a atual Legislatura vem tomando uma série de medidas para ganhar o reconhecimento popular. “Ou não estamos sabendo dizer o que estamos fazendo ou não estamos  atingindo o que as pessoas realmente precisam”, explicou.

No primeiro semestre deste ano, Chico Leite (PT) fiscalizou mais de 25 programas do GDF. “Hoje a  função mais importante do parlamentar é fiscalizar os gastos públicos, como fiscais da população para saber o que se faz com o dinheiro de seus impostos”, afirmou.

Moralização já em curso

Na avaliação dos distritais, a Câmara vem tomando medidas moralizadoras, relevantes para a população. No entanto, essas ações não ganham destaque no noticiário.

Segundo Dr. Michel (PP), a Câmara vem resgatando a aprovação popular por meio de ações de transparência. “Estamos que nem aquela música: Brasil, mostra a sua cara. Hoje não há mais para você ter um deputado obscuro. Temos que ser transparentes”, comentou. Segundo Michel, se o estudo fosse feito no passado, a reprovação seria maior.

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