Ações da Mata Atlântica em Pé começaram nesta segunda-feira (21) com objetivo de encontrar áreas devastadas com base em imagens de satélite e identificar responsáveis.
Uma operação conjunta dos ministérios públicos de 17 estados começou nesta segunda-feira (21) com o objetivo de identificar áreas de desmatamento de Mata Atlântica.
O objetivo da operação Mata Atlântica em Pé, que vai durar dez dias, é identificar áreas devastadas ilegalmente ao longo dos mais de 1 milhão de quilômetros quadrados do bioma em todo o país e responsabilizar os infratores, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que coordena a ação em todo o país.
De acordo com o MP-PR, as áreas de mata foram divididas em polígonos que serão fiscalizados pelos órgãos e polícias ambientais dos estados envolvidos.
Após encontrar as regiões devastadas, o MP pretende identificar os proprietários, verificar as licenças ambientais e o histórico de uso das áreas.
Por fim, os órgãos devem aplicar medidas administrativas aresponsáveis pelo desmatamento e MP pode denunciar os suspeitos pelos crimes.
Esta é a quarta edição da operação. Em 2019, foram vistoriadas 559 áreas, com mais de 5,4 mil hectares desmatados sem autorização dos órgãos públicos, o que resultou na aplicação de R$ 25 milhões em multas.
As ações acontecerão nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Imagens de satélite
A operação utiliza o Atlas da Mata Atlântica para identificar as áreas devastadas. O sistema é abastecido por imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e organizado pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica.
Na operação deste ano, a ação conjunta dos ministérios públicos também vai usar uma plataforma que compara a cobertura anual de mata na região.