No programa estará a obra mais popular do compositor alemão, a Sinfonia nº 9
O maestro Claudio Cohen, regente da OSTNCS, conta que a peça ficou por último no ciclo porque foi necessário conseguir um espaço suficientemente grande para comportar a orquestra e o coro necessários. O concerto será realizado no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, uma das maiores salas da cidade. “Buscávamos também um lugar que comportasse o público, porque é um público grande. É um clássico que se tornou popular e um marco transformador da música erudita”, avisa o maestro. A obra foi uma das últimas a ser apresentada pela orquestra em 2013, na sala Villa-Lobos, antes do fechamento do Teatro Nacional para reformas.
A Sinfonia nº 9 está entre as derradeiras obras de Beethoven. “É uma peça muito madura, muito reflexiva”, avisa Cohen. “É importante prestar atenção no discurso musical do autor. É a primeira sinfonia em que foi introduzida a voz.” Finalizada em 1824 e conhecida como “a nona”, a obra é composta por quatro movimentos, sendo o último formado pela Ode à alegria, escrita para ser cantada por um coro.
O texto é um poema de Friedrich Schiller escrito em 1785 e cujos versos idealizam a união dos povos. Era um pensamento comum entre alguns artistas da época a ideia de que seria possível a irmandade entre todos os povos da terra. Musicado por Beethoven, o poema de Schiller se tornou o hino da União Europeia.
No palco, três coros serão responsáveis pelo quarto movimento. Juntos, o Coro Sinfônico de Goiânia, o Coro da Igreja Adventista e o Coro Ad Infinitum reúnem cerca de 90 vozes, o que vai proporcionar um bom volume sonoro para a música de Beethoven. “Essa sinfonia é uma das que mais chamam público por causa do coral, da grandiosidade”, garante Claudio Cohen. “Vai ser uma nona bem qualificada.”
O coro é responsável por boa parte do quarto movimento, mas há também trechos destinados a solistas. Luisa Francesconi (mezzo soprano), Johnny França (barítono), Paulo Mandarino (tenor) e Masami Ganev (soprano) foram convidados para cantar os trechos de solos. Claudio Cohen quis manter a tradição de incluir nomes de Brasília no concerto, por isso trouxe Luisa Francesconi e Paulo Mandarino, que fizeram parte da formação na cidade. “Sempre tento trazer pessoas que têm a ver com Brasília”, diz Cohen.
SERVIÇO
Concerto com a Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS)
Regente: Claudio Cohen. Hoje e amanhã, às 20h, no Auditório Master do Centro de Convenções Ulisses Guimarães