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segunda-feira, 23/12/24
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Pais que usam smartphones interagem menos com seus filhos

Uma pesquisa da Universidade de Washington descobriu algo bizarro e preocupante sobre a relação entre crianças, pais e smartphones.

De acordo com o estudo, 44% dos pais e das babás sentem-se culpados por não conseguirem parar de mexer nos smartphones quando estão cuidando de crianças em parques infantis.

Os pesquisadores relataram que os adultos tinham consciência de que deveriam restringir o uso do celular enquanto tomavam conta das crianças nos playgrounds. Porém, o tédio era mais forte que o medo ou a sensação de culpa por não interagir com as crianças.

Os cientistas também observaram que os pais e as babás ficavam muito menos atentos aos pedidos das crianças quando usavam o smartphone do que quando conversavam com amigos.

Dos 70 casos relatados na pesquisa, apenas 11% dos adultos não responderam às crianças quando estavam conversando com amigos.

Já nas 32 ocasiões em que as crianças tentaram interromper um adulto que estava usando o celular, os pais ou babás não conseguiram responder, falar ou olhar para outra direção que não fosse a tela do smartphone em 56% das vezes.

Segundo os cientistas, a maioria dos pais e das babás utiliza o smartphone para mandar e-mails, escrever mensagens e tirar fotos.

Apenas 28% dos adultos relataram usar seus celulares para trabalhar. Eles se sentiram menos culpados ao usar o smartphone quando tiravam fotos para compartilhar com seus companheiros (88%), ao checar o horário (75%) e ao marcar encontros (79%).

Uma constatação positiva é que o tempo gasto com smartphones nos parques de Seattle, cidade americana onde foi feita a pesquisa, foi relativamente curto. Quase dois terços dos pais e babás gastaram menos de 5% do seu tempo no parque usando um celular. E muitas interações telefônicas duraram menos de 10 segundos.

O estudo, apresentado no mês passado em uma conferência da Associação de Equipamentos Computacionais na Coréia do Sul, documentou mais de 40 horas de interações em playgrounds no norte de Seattle e recolheu dados de 466 babás e pais por meio de entrevistas.

Fonte: Exame

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