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sexta-feira, 15/11/24
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Para onde irão Marina e Tebet? Lula anuncia mais ministros do alto escalão hoje

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva marcou pronunciamento para esta quinta-feira, quando novos nomes do gabinete devem ser anunciados

Tebet: ex-senadora demonstrou interesse na pasta do Desenvolvimento Social, mas acordo era visto como difícil (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Mais nomes do alto escalão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão conhecidos nas próximas horas. O presidente eleito marcou para esta quinta-feira, às 9h30, um pronunciamento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição em Brasília, e a expectativa é que a maior parte dos ministros restantes do futuro governo sejam anunciados na ocasião. Na cerimônia também serão apresentados os trabalhos feitos pelos grupos de transição.

Nomes cruciais para o próximo governo já foram indicados neste mês e estão atuando na transição e nomeando secretários. É o caso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), da Justiça, Flávio Dino (PSB), da Casa Civil, Rui Costa (PT), entre outros. O anúncio do restante do gabinete, no entanto, foi adiado em meio às negociações da PEC de Transição, aprovada na quarta-feira, 21 após ficar duas semanas travada na Câmara.

Falta ainda parte significativa do primeiro escalão. Um dos nomes mais aguardados é o do ministro do Planejamento, que dividirá com a Fazenda as principais decisões econômicas – que no governo Bolsonaro couberam ao “super” Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, já afirmou que o Planejamento ficará, por exemplo, com a Secretaria de Orçamento Federal (SOF).

Para o Planejamento, Lula convidou o economista André Lara Resende, um dos “pais” do Plano Real no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas a informação ainda não foi oficializada pelo governo eleito.

Os destinos de Marina e Tebet

Também está no radar sobretudo o futuro de duas das principais apoiadoras de Lula no segundo turno da eleição presidencial contra Jair Bolsonaro: Marina Silva (Rede) e Simone Tebet (MDB).

Até a noite de quarta-feira, Marina tendia a ser anunciada como ministra do Meio-Ambiente, cargo que já ocupou no governo Lula. A demora no anúncio, no entanto, ocorre enquanto Marina e a equipe do PT negociam as funções do futuro Ministério, que deve ganhar mais poder em relação ao que teve quando Marina chefiou a pasta, como uma Autoridade Climática (cargo parecido ao do “czar” do clima criado por Joe Bide nos EUA).

Já o nome de Simone Tebet até chegou a ser ventilado no Meio-Ambiente ou na Agricultura, mas não houve acordo e, até a noite de ontem, havia impasse sobre o papel de Tebet no futuro governo. Não é segredo que a ex-senadora, terceira colocada na disputa à Presidência neste ano, deseja pastas de maior visibilidade social, sobretudo o Ministério do Desenvolvimento Social, que comanda o Bolsa Família.

No entanto, é desejo do PT manter um aliado próximo na pasta, devido à importância do Bolsa Família para o legado do partido. O nome do ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), é um dos mais cotados. No primeiro escalão, tem ficado clara a presença do PT em ministérios estratégicos, o que tem gerado críticas de outros partidos.

Quem é cotado para os ministérios de Lula

  • André Lara Resende, economista e membro da equipe que elaborou o Plano Real: cotado para Ministério do Planejamento;
  • Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): cotada para o Ministério da Saúde;
  • Camilo Santana, ex-governador do Ceará e eleito senador: cotado para o Ministério da Educação;
  • Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco: cotada para Ministério da Igualdade Racial;
  • Marina Silva, ex-ministra e eleita deputada federal: cotada para o Meio-Ambiente;
  • Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP): cotado para o Ministério do Trabalho;
  • Alexandre Padilha, ex-ministro e eleito deputado federal: Ministério das Relações Institucionais;
  • Márcio Macedo, deputado por Sergipe: cotado para Secretaria-Geral da Presidência;
  • Paulo Pimenta, deputado pelo Rio Grande do Sul é cotado para o Ministério da Comunicação; nomes como do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, também foram ventilados para o cargo.

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