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segunda-feira, 23/12/24
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Pegar gripe e covid-19 ao mesmo tempo pode dobrar risco de morte

Riscos de internação na UTI e uso de ventiladores respiratórios também aumentam quando as pessoas apresentam coinfecção

Coronavírus: coinfecção com gripe pode aumentar riscos de morte (Mohammed Haneefa Nizamudeen/Getty Images)

Contrair gripe e o novo coronavírus ao mesmo tempo pode dobrar o risco de morte, segundo um estudo sem revisão de pares publicado no medRxiv. Os pesquisadores apontam que pessoas que têm os dois vírus ao mesmo tempo tem 5,92% mais risco de morrer do que aqueles que só foram infectados por um deles.

Outra descoberta feita pelos cientistas é que o risco de ter um resultado positivo em um teste de covid-19 quando se está infectado pela influenza é 68% mais baixo — o que pode sugerir que existe uma competição patogénica entre os dois vírus. Mesmo assim, quando existe infecção pelos dois vírus, a situação piora quase que automaticamente.

Os pesquisadores também apontam que, quando o paciente tem gripe e coronavírus, os riscos de morte, uso de ventiladores respiratórios e admissão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) são maiores. “Se os indivíduos são coinfectados com SARS-CoV-2 e influenza, isso pode levar a quadros mais graves e piores resultados da doença”, explicam os autores da pesquisa.

O estudo foi feito com base em dados nacionais de Londres coletados entre os dias 20 de janeiro e 25 de abril, quando era inverno no hemisfério norte. Para estimar os riscos de uma eventual gripe em casos de SARS-CoV-2, análises univariadas e multivariadas foram feitas — a primeira é uma forma mais básica, enquanto a segunda é mais aprofundada.

Gripe e anticorpos da covid-19

Uma pesquisa recente feita pelo Centro Médico da Universidade de Rochester (URMC), nos Estados Unidos, aponta que pessoas que já contraíram alguns tipos de gripe no passado podem estar mais protegidas contra a covid-19. De acordo com os cientistas, as gripes podem ter criado um tipo de proteção para dificultar a infecção pelo SARS-CoV-2.

A pesquisa, publicada na revista científica mBio, aponta que qualquer pessoa que tenha sido infectada por um coronavírus comum (o que contabiliza praticamente todo mundo) pode ter algum grau de imunidade pré-existente à covid-19.

 

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