Segundo o estudo, partes de um tipo específico de células começam a trabalhar mais após a morte do corpo
Não é exatamente como nos termos esperados, mas cientistas da Universidade de Illinois, nos EUA, descobriram vida após a morte em genes que despertam com o fim das atividades gerais do corpo.
Segundo a pesquisa, publicada no final de março na revista cientifica Nature Scientific Reports, em análises realizadas em tecidos cerebrais mortos, coletados do banco de dados UI NeuroRepository, aferiu-se um notável aumento da atividade de células chamadas gliais, responsáveis, sobretudo, da resposta inflamatória do corpo.
Abundantes no sistema nervoso central, os exemplares estão sempre próximos dos neurônios, os auxiliando na transmissão de informações. A descoberta do estudo crava que esses elementos continuam suas ações por muitas horas após o falecimento, agindo como “zumbis”, havendo, inclusive, crescimento e germinação de novos tecidos.
Além disso, a equipe também notou que as células levaram aproximadamente 12 horas após a morte para atingir seu tamanho máximo e que haviam desenvolvido tentáculos que parecem uma espécie de “braços”.
No futuro, ao aprofundar o estudo, os cientistas relatam que pretendem abrir um novo caminho na procura por tratamentos de doenças como esquizofrenia, autismo e Alzheimer, uma vez que, as pesquisas mais recentes não levam em conta quão vivas ficam as células depois do derradeiro fim da vida.
E muito além da morte após o coração parar de bater, há evidências de que o conjunto de tecidos envolvidos em atividades como memória, pensamento e atividade convulsiva, importantes para pesquisas relacionadas a doenças, degradaram-se rapidamente. Porém, nos achados recém descobertos, há esse novo grupo, justamente o composto pelos “genes zumbis”, que intensificaram suas atividades na mesma proporção em que os neuronais reduziam, abrindo novas perspectivas sobre o “vida após a morte”.