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quarta-feira, 15/05/24
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Petrobras supera 4% de queda em meio à pressão por renúncia de presidente

Arthur Lira teria exigido saído imediata de José Mauro Coelho por reajuste de preços de combustíveis, segundo portal

(Reuters/Paulo Whitaker)

As ações da Petrobras desabam mais de 4% nesta sexta-feira, 17. Parte do movimento reflete o ajuste de preço à queda superior a 5% registrada pelos papéis da companhia negociados em Nova York (ADRs) na quinta-feira, 16.

Bolsas do mundo inteiro registraram duras perdas na véspera, enquanto o mercado brasileiro esteve fechado devido ao feriado de Corpus Christi. O EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira nos Estados Unidos, caiu mais de 4% — próximo à queda do índice Nasdaq.

Mas a sangria das ADRs ainda não foi estacada, com os papéis voltando a cair mais de 1%, apesar da recuperação de índices internacionais nesta sexta.

Além da maior aversão ao risco global, no radar dos investidores estão pressões para que o atual presidente da companhia José Mauro Coelho deixe a companhia. Segundo o blog de Andréia Sadi, no G1, o presidente da Câmara, Arthur Lira exigiu que Mauro Coelho renunciasse ao cargo “imediatamente”. O pedido teria o aval do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com o blog.

Como pano de fundo da maior pressão sobre José Mauro Coelho está o reajuste de preço de combustíveis anunciado nesta manhã pela companhia. A Petrobras aumentou  preço do litro de gasolina de R$ 3,86 para R$ 4,06 para distribuidoras e do do diesel de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

A saída de Mauro Coelho é esperada desde o fim de maio, quando o governo indicou Caio Paes de Andrade, então secretário de desburocratização do Ministério da Economia, para assumir o comando da Petrobras.

“Entendemos que a ação diminui a defasagem frente aos preços internacionais, o que via de regra, é positivo para as finanças da companhia, mas em contrapartida, entendemos que a ação foi desenvolvida por lideranças que estão de saída da companhia, o que impede a dissolução das assimetrias referentes ao tema para os próximos meses”, afirmaram analistas da Ativa em nota.

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