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segunda-feira, 23/12/24
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PF diz haver ‘poucos indícios de crime’ no caso de sumiço de jornalista e indigenista e investiga quadrilhas de tráfico de drogas

Em entrevista coletiva à imprensa, órgão diz não descartar nenhuma linha de investigação

Foto -Comando Militar da Amazônia / AFP

A Polícia Federal disse ainda não descartar nenhuma linha de investigação sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do The Guardian, no Vale do Javari, Amazonas, no último domingo. Segundo Eduardo Fontes, superintendente da PF no Amazonas, “ainda não há forte indícios de crime” e a região é dominada pelo tráfico de drogas. Ambas relações estão sendo investigadas. A informação foi dada durante entrevista coletiva à imprensa que acontece na tarde desta quarta-feira (8), na Superintendência da PF em Manaus, para prestar esclarecimentos sobre as investigações sobre o caso. Participaram da entrevista, além de Eduardo, outros representantes de órgãos que participam das buscas aos desaparecidos e investigação do caso: general Plácido, chefe do CCOP/CMA; almirante Ralph, comandante da Marinha; e coronel Algenor, subcomandante-geral da PM; Alessandro Albino, Delegado da Polícia Civil; e general Mansur, secretário de segurança pública do Exército.

Segundo Alessandro Albino, delegado da PC/AM, cinco testemunhas e um suspeito já foram ouvidos na investigação. Segundo a PF, cerca de 250 agentes federais estão na região de Atalaia do Norte em busca dos desaparecidos, em uma ação de esforços conjuntos. As Forças Armadas enumeraram os meios que destacaram para reforçar as buscas, que seguem por tempo indeterminado, Na segunda-feira, a busca se iniciou por embarcações e meio terrestre. Ontem, dois helicópteros foram enviados ao local para reforçar as buscas, que também são feitas por três drones e 20 viaturas, por terra. Um mateiro local, que conhece a região e sua hidrografia, também ajuda nas buscas, complicadas “complicadas pelas enchentes e pela mata fechada”, segundo general Mansur, secretário de segurança pública do Exército.

– Por enquanto, nossos esforços estão nas buscas. Ainda temos a esperança de encontrá-los com vida. A área ali é muito é muito complexa, mas para isso contamos com mergulhadores, especialistas em área de selva, e outros meios para avançar – disse Mansur.

O jornalista e o indigenista desapareceram após deixarem a comunidade São Rafael, na manhã de domingo, com destino a Atalaia do Norte.

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