PF e PGR solicitam investigação de Gilson Machado relacionada ao passaporte de Cid
A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitaram, nesta terça-feira (10/6), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de um inquérito para apurar possíveis irregularidades envolvendo o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, durante o governo Bolsonaro.
A PGR apresentou ao STF um documento em que apoia a PF quanto à necessidade dessa investigação.
“O pedido inclui a autorização para abertura do inquérito, além da aprovação das medidas cautelares como buscas e apreensões pessoais e domiciliares, cujos locais deverão ser confirmados e informados pela autoridade policial, e a quebra do sigilo dos dados telemáticos e telefônicos do investigado Gilson Machado Guimarães Neto, solicitando também os dados referentes ao período de 1º de janeiro de 2025 a 5 de junho de 2025, que deverão ser encaminhados diretamente à Polícia Federal”, consta no documento.
Segundo PGR e PF, existem indícios de que o ex-ministro do Turismo tentou viabilizar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com o intuito de facilitar sua saída do país.
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De acordo com a Polícia Federal, Machado teria atuado em maio de 2025 junto ao Consulado de Portugal no Recife (PE) para conseguir a emissão do passaporte para Cid.
“A Polícia Federal enviou a Informação de Polícia Judiciária detalhando a provável ação do Sr. Gilson Machado Guimarães Neto junto ao Consulado de Portugal, em Recife/PE, em 12 de maio de 2025, visando a emissão de um passaporte português para Mauro Cesar Barbosa Cid, com a finalidade de possibilitar sua saída do território nacional”, diz a manifestação.
Na petição enviada ao STF, a PGR não só apoia a abertura do inquérito, como também pede que sejam determinadas buscas e apreensões, além da quebra de sigilo telefônico e de mensagens de Gilson Machado.
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outras 29 pessoas respondem a processo por uma tentativa de golpe de Estado que, conforme a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
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