Nesta segunda, 23, a bancada peemedebista na Câmara Municipal apresentou representação ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, pedindo investigação sobre o ocorrido na Virada Cultural, quando mensagens de “Fora Temer” e “Vai ter Luta” foram veiculadas em painéis eletrônicos montados e pagos pela Prefeitura.
“O PMDB está propondo o quê? Uma instância de censura? Acho que é mais um factoide político, querer fazer graça, aparecer. Não faz sentido”, afirmou o prefeito. Haddad defendeu que não pode censurar artistas e que eles são os responsáveis pelas mensagens transmitidas. “O que ele vai cantar, o que vai dizer no palco, como a plateia vai reagir, não passa pela censura.”
Segundo Haddad, a Prefeitura não contrata artista “por viés ideológico” para eventos como a Virada Cultural. “Todo mundo é contratado por São Paulo. Lobão já deu show na Virada na minha gestão. Leci Brandão, Criolo… Tem de tudo. E a liberdade de expressão do artista. Censura não dá”, disse.
Para os vereadores Nelo Rodolfo, Ricardo Nunes e George Hato, a gestão Fernando Haddad (PT) permitiu que essas mensagens, de “luzes intermitentes e variação de cores”, fossem transmitidas ao público que acompanhava os shows em palcos montados nas Avenidas Rio Branco, São João e nas Praça da República e Júlio Prestes. Entre os artistas que se apresentaram nesses locais estão Criolo e Nação Zumbi.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Rodolfo disse que o prefeito “está mentindo”. “Durante a Virada, nenhum artista se manifestou contra o presidente Michel Temer. As manifestações que ocorreram foram dos luminosos, que eram da própria Prefeitura. Haddad foi profundamente infeliz. Num ato de desespero, incitou a população de forma irresponsável, provocando clima de revolta”, afirmou o vereador.
Fonte: Estadao Conteudo