Esta é segunda fase da investigação, que resgatou serpente naja após estudante ser picado. Força-tarefa cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (16).
A Polícia Civil deflagrou a operação Snake, na manhã desta quinta-feira (16), para investigar o suposto esquema de tráfico de animais silvestres. Esta é a segunda fase da investigação que começou após o estudante de veterinária Pedro Henrique Krambeck ser picado por uma cobra naja, no dia 7 de julho.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo suspeito (veja endereços abaixo), incluindo na casa de Pedro – multado por criação irregular de animais exóticos.
- Guará (2)
- Recanto das Emas (1)
- Gama (1)
Uma cobra foi apreendida durante as buscas. A serpente não é venenosa e, segundo a polícia, o animal “estava tranquilo”. A delegacia não informou o nome dos demais investigados e nem o local exato em que a cobra foi encontrada.
Polícia Civil e Ibama cumprem mandados de busca e apreensão pela operação Snake — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Além disso, os agentes apreenderam documentos, aparelhos celulares, medicamentos de uso veterinário e equipamentos que seriam usados na criação ilegal de animais silvestres e exóticos.
Cobras resgatadas
A cobra da espécie naja que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck foi encontrada na noite do dia 8 de julho perto de um shopping no Lago Sul. O local fica a 14 km de distância do prédio onde mora o jovem, na região do Guará.
O estudante, de 22 anos, passou seis dias internado em um hospital particular do Gama e recebeu alta em 13 de julho. Desde então, a Polícia Civil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) passaram a investigar o tráfico de animais.
A serpente, uma das espécies mais venenosas do mundo, é nativa da África e da Ásia. A polícia estima que o animal valha até R$ 20 mil, no comércio ilegal.
Em 10 de julho, o Ibama multou Pedro Henrique em R$ 2 mil, por criar o animal sem autorização. Segundo a polícia, as investigações apontam que ele é o dono da naja e das outras 17 serpentes.
Três colegas do estudante foram ouvidos pela PCDF. O delegado afirmou que os suspeitos são de classe média e classe média alta e cursam medicina veterinária em uma instituição particular do Gama.