Quantidade apreendida foi a maior em 1 ano; droga abasteceria Carnaval. Além da maconha, polícia achou 4 kg de haxixe, arma e munição.
Dez homens foram presos nesta terça-feira (2) na BR-070, entre Águas Lindas de Goiás e Ceilândia, no Distrito Federa, com uma tonelada de maconha escondida no porta-malas de um carro. De acordo com a Polícia Civil, esta é a maior apreensão da droga em 12 meses.
Os entorpecentes seriam utilizados para abastecer o Carnaval de Brasília e poderiam render até R$ 1,6 milhão para a quadrilha. Os suspeitos não foram apresentados para a imprensa. A polícia aponta José Dário Lima da Silva, de 45 anos, como líder da quadrilha.
Além da maconha, 4 kg de haxixe, uma pistola calibre 9 mm – de uso exclusivo das Forças Armadas – e 50 balas foram apreendidas. Cada quilo de haxixe seria vendido entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. Todos os envolvidos têm passagem pela polícia.
Segundo o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas, Rodrigo Bonach, as drogas seriam vendidas nas regiões de Samambaia, Vicente Pires e Santa Maria. “O grupo trazia a droga de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A quadrilha era experiente, agia com cuidado. Cinco carros eram utilizados no esquema, três inclusive tinham rádios-escuta”, explica.
A prisão ocorreu por volta de 19h. A operação, que durou cerca de dois meses, foi batizada de “Cinderela” em referência ao apelido do “braço-direito” do líder da quadrilha, Clesivaldo Pereira, conhecido como “Pezinho”.
Carro reforçado
De acordo com a Polícia Civil, o carro utilizado para levar a droga foi preparado cuidadosamente para o esquema. O veículo tinha suspensão reforçada e dois jogos de placas diferentes. Os bancos traseiros foram retirados.
“O carro que carregava as drogas era protegido por quatro veículos ‘batedores’, ocupado por um grande número de pessoas, inclusive usando mulheres para a dissimular a ação criminosa. Esses ocupantes que não faziam parte da quadrilha, insinuavam que eram da mesma família. Porém, não foram presos”, diz o delegado.
Além de passagem por tráfico de drogas, alguns integrantes do grupo já haviam respondido por homicídio, pirataria, roubo, embriaguez ao volante e violência contra a mulher.
Os envolvidos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo e adulteração de placa. Se condenados, podem pegar de 14 a 37 anos de prisão.