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segunda-feira, 23/12/24
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Polícia Civil investiga possível golpe de agência de intercâmbio

Ao menos 300 pessoas contrataram os serviços da empresa, que fechou sem deixa vestígios. As ocorrências estão sendo registradas na 4ª DP (Guará)

Os clientes estavam se programando para viajar há alguns meses, mas foram pegos de surpresa
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Cerca de 300 pessoas que contrataram o serviço da empresa 4U Study Intercâmbio estão passando por apuros. A agência fechou depois de os clientes pagarem por pacotes de viagem. Os proprietários não atendem às ligações nem respondem a e-mails dos contratantes. Além disso, redes sociais e o site estão fora do ar desde quinta-feira (26/12).
Uma das vítimas é uma publicitária de 27 anos que não quis se identificar. Ao Correio, ela disse que contratou o serviço em 2018, planejando uma viagem para a Irlanda, mas preferiu juntar mais dinheiro por conta da questão financeira exigida no país. Resolveu então reagendar o intercâmbio para novembro de 2020, e desembolsou R$ 15 mil por boleto bancário.
Na quinta-feira (26/12), ela desconfiou que estaria sofrendo um golpe ao ser surpreendida por mensagens em um aplicativo, informando que a escola e acomodação não haviam sido pagas. Ao entrar em contato com os consultores da empresa, eles informaram que não estavam tendo acesso aos e-mails da empresa nem à plataforma. O responsável pela agência também estava fora de alcance.
O proprietário da empresa é Djalma Remondini, que bloqueou os clientes que tentaram contato via WhatsApp. As vítimas tentaram se comunicar com familiares do dono, mas a informação que obtiveram é de que eles não sabem o paradeiro de Djalma. A agência tem sede em São Paulo, mas prestava serviço para todo o Brasil, pela internet. O site Reclamaaqui já registou quase 30 ocorrências sobre o caso nos últimos três dias.
A publicitária registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia (Guará), na sexta-feira (27/12). Lá, ela foi orientada a também procurar o Procon. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil de São Paulo, que ficará responsável pelas investigações.

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