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sexta-feira, 15/11/24
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Polícia prende responsáveis por ONG acusada de maus-tratos a animais resgatados no DF

Grupo pedia doações na internet. Um dos detidos é estudante de medicina veterinária que, segundo investigação, fazia cirurgias nos animais.

Cachorro encontrado em ONG suspeita de maus-tratos a animais resgatados no DF — Foto: TV Globo/ Reprodução

A Policia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta sexta-feira (19), integrantes de uma organização criminosa acusada de maus-tratos contra animais resgatados nas ruas. Foram executados sete mandados de busca e apreensão e quatro prisões temporárias.

De acordo com a delegada Fernanda Lopes, o grupo resgatava cães e gatos para depois pedir doações por meio das redes sociais. Mas o dinheiro era usado “em benefício próprio”, afirma a responsável pelas prisões.

“Conforme a investigação, a ONG fraudava receitas e matérias médicos para comprovar que estava cuidando bem dos animais para os doadores.”

Cerca de 80 animais foram encontrados em uma chácara, no Entorno de Brasília, e em uma casa, na região de Ceilândia. Um dos presos, é estudante de medicina veterinária e, segundo as investigações, realizava cirurgias invasivas e castrações.

Testemunhas disseram que o estudante atendia em diversas regiões do DF, dizendo ser médico veterinário. Em um áudio, enviado por uma das vítimas, ele atende um cliente e negocia o pagamento.

“Fiz só uma sessãozinha de ‘fisio’ nela e ela já começou a andar aqui no quintal, andando, assim, encostando a pata, que ela não tava nem encostando. Então eu quero muito começar o tratamento logo dela, entendeu?”, diz o suspeito na gravação.

Em seguida, o estudante explica: “O problema é que o tratamento, ele necessita de medicações. E essas medicações eu só trabalho com meu fornecedor assim: ele me entrega a medicação e eu entrego o dinheiro. Entendeu? Então, assim, se eu tivesse o dinheiro, se eu tivesse com dinheiro, eu compraria medicação numa boa e depois você me pagava, entendeu? Super tranquilo porque você já me pagou, a gente já… Já fiz coisa pra você.”

A delegada Fernanda Lopes afirma que o jovem também participava do esquema para receber o dinheiro para a ONG. “A gente acredita que ele fazia isso, tanto pra conseguir dinheiro antes de alcançar a graduação, como para ter uma forma de treinamento”.

As quatro pessoas detidas nesta sexta-feira tiveram prisão temporária decretada (pelo prazo de 5 dias). A Polícia Civil do DF afirma que a investigação continua porque “outras pessoas podem estar envolvidas no esquema de doações.”

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