Ao todo, seis pessoas já foram identificadas pela polícia: duas foram presas nesta terça-feira (3) e quatro seguem foragidas. Segundo polícia, eles falsificavam documentos, usavam cartões clonados e aplicavam fraudes em empresas diversas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (3), uma operação contra um grupo suspeito de uma série de golpes milionários na capital. Um casal foi preso e outras quatro pessoas, identificadas como participantes do esquema, estão foragidas. São elas (veja fotos ao fim da reportagem):
- Daniela Rodrigues Dourado Aguirre de Faria
- Valter Ferreira de Faria Júnior
- Krislian Layson de Oliveira
- Maurício Lima da Silva
Segundo a Polícia Civil, os integrantes da organização criminosa ostentavam uma vida luxuosa com dinheiro obtido nos golpes. Eles falsificavam documentos, usavam cartões clonados e aplicavam fraudes em empresas diversas. A corporação afirma que, apenas em empréstimos consignados irregulares, o grupo conseguiu R$ 3,2 milhões.
De acordo com a delegada Elizabeth Frade, da 12ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, eles são investigados por crimes como falsificação de documentos, falsidade ideológica na constituição de pessoas jurídicas, uso de documento falso, furtos mediante fraude, estelionato e lavagem de dinheiro.
Golpes
Segundo a delegada Elizabeth Frade, os suspeitos tinham ações coordenadas e cometiam diferentes tipos de crimes.
“Eles trabalhavam de uma forma bem organizada e estruturada. Cada um tinha uma função específica. Todos tem vários CPFs em nome próprio e com outros nomes, em outros estados da federação. Mais uma prática comum deles é a utilização de cartões clonados. A gente identificou centenas de cartões”, diz a delegada.
Uma das foragidas é Daniela Rodrigues. Segundo a polícia, ela tem, pelo menos, oito Cadastros de Pessoa Física (CPF) diferentes, além de outros registros de identidade em outros estados, com nomes diversos. Os investigadores afirmam que ela é uma das chefes do grupo.
O marido de Daniela, Valter Ferreira, também coordena o bando e possui pelo menos sete CPFs registrados, de acordo com a polícia. Os investigadores afirmam que locadoras de veículos eram alvos frequentes dos golpes da quadrilha.
“Eles iam na locadora com um documento falso, ou com o nome de um laranja, e locavam um veículo, sempre de valor alto, por um período longo, de seis meses a um ano. Pagavam a locação com o cartão clonado, e durante esse período, vendiam o veículo”, explica Elizabeth Frade.
Os investigadores também localizaram 51 pessoas que, segundo a polícia, foram aliciadas pela organização criminosa e cometeram fraudes contra o INSS para obtenção de benefícios.