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sábado, 18/05/24
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Praças abandonadas em bairros geram reclamações em Cerquilho

A cidade de Cerquilho (SP) vive uma situação contraditória: enquanto em alguns pontos a preocupação com o meio ambiente é visível, em outros a situação é bem diferente. É o caso de algumas praças de alguns bairros, que parecem abandonadas enquanto a praça central está em boas condições. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Felipe Gustavo Pascutti, confirmou que a prefeitura dá preferência à área central. “O Centro é o cartão postal da cidade, portanto, a tendência é que quando as pessoas passem pela cidade não passem pela periferia, e sim na área central. Isso faz com que as pessoas queiram morar, as empresas a se estabeleceram, o que aumenta a receita da cidade. Concordo que não é desculpa para não fazer a roçagem, mas ela é feita, inclusive no Bairro Colina foi feita duas vezes desde novembro até hoje.”

Em 2014 o município que leva o título de ‘Cidade das Rosas’ ficou em 4° lugar no ranking estadual do programa município VerdeAzul, que avalia a eficiência na gestão ambiental. Mas a posição não é garantia de que está tudo bem, já que diversas praças apresentam abandono. No Bairro Di Napoli, por exemplo, a praça se parece com um canteiro de obras. Até a tampa da caixa de concreto está aberta e com muita sujeira.

As obras no local, um investimento de R$ 298 mil, deveriam ser terminadas em 31 de março de 2014. A dona de casa Lourdes Mariano lamenta, pois queria aproveitar bem mais o espaço perto da casa dela. “Iria ter ginástica, aparelhos, mas não teve nada”, afirma.

Outro exemplo é a praça do Bairro Colina. Inaugurada recentemente, o espaço se parece com um terreno baldio. Está abandonada tanto pela prefeitura e pelos moradores, já que ninguém quer passar por ela. É luminária quebrada, mato crescendo dentro da lixeira e em volta dos bancos. “Não vem muita gente, talvez devido ao mato. Se estivesse bonito talvez frequentassem”, reclama o vigilante Carlito Aparecido Nilio.

Em outra praça, no Residencial Módena, a pista de caminhada já foi invadida pelo mato. A coleta de lixo está em falta. A situação não fica só nas praças, o mato alto também está nos canteiros centrais. O canteiro da Avenida Flamboyant está cheio da árvore que dá nome ao bairro, porém todas descuidadas.

O advogado Domingos Antonio Nunes Neto administra um condomínio que fica em frente. Cansado de ver a situação, tentou adotar o local, já que a cidade tem uma lei que permite a prática. Só que foi tanta burocracia, que desistiu. “A elaboração de um croqui e demais exigências da prefeitura acabaram tornando inviável o projeto. É lamentável uma cidade como Cerquilho não ter condições de cuidar de um simples canteiro”, lamenta.

Sobre essas reclamações de moradores, o secretário Felipe Pascutti afirmou que, em virtude do fim do ano, dos funcionários de férias, a equipe responsável ficou reduzida. “Estamos priorizando a roçagem em escolas, mas todas as praças, logicamente, serão roçadas. E nossa tendência é melhorar sempre. Na realidade a cidade cresceu, mas a arrecadação não. Então, vem encolhendo funcionários, não só na área de roçagem. A gente pretende resolver o mais rápidamente possível abrindo concurso público. Estamos reunindo com a prefeitura para como fazer essa dotação orçamentária”, alega.

Pascutti falou ainda sobre a ação de vândalos que causaram destruições na praça do Bairro Colina. “Não só no Bairro Colina, como em outros, há ação de vândalos. Até roubo de fiações elétrica ocorre. A gente vai pedir para que a Guarda Municipal faça rondas.”

O secretário respondeu também sobre a reclamação de burocracia para participar do projeto adote uma praça. “Eu não entendo qual é a burocracia? A lei tem uma página e meia, mas o processo tem que tomar cuidado, pois não pode ser adotado para benefício particular. Colocar carro em cima, para estacionamento. Ou adotar o canteiro central com plantas que podem, em um momento, caírem em cima de uma moto, uma bicicleta e que podem causar transtornos à população”, finaliza.

Fonte: G1

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