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segunda-feira, 23/12/24
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Preços de remédios variam quase 1000% em São Paulo, diz Procon

Remédio de R$ 10 pode custar até R$ 100 nas farmácias de São Paulo. Grandes redes são as lojas com os preços mais baixos.

Um alerta para o consumidor. O Procon de São Paulo foi para as ruas conferir a diferença no preço dos remédios. O resultado chega a ser revoltante. Teve variação de preço de quase 1000%. Isso quer dizer o seguinte: um remédio de R$ 10 pode custar até R$ 100.

Difícil é a não sentir que está sendo feito de bobo nessa história. Uma variação tão grande na mesma cidade.

Às vezes, na mesma rede de farmácias você uma variação tão grande. O Procon também descobriu que o remédio de marca, muitas vezes, acaba custando quase o dobro do genérico.

Em São Paulo, na correria, tem gente que acha que nem vale a pena pesquisar preço nas farmácias. “Tempo é dinheiro, então, ainda mais que eu trabalho com vendas, eu falo: bom, agora eu estou com horário marcado, tenho horário para sair, tenho horário para entrar, o horário de almoço geralmente é curto e a gente acaba pegando a farmácia que está mais próxima mesmo”, diz a agente de viagens Nadja Machado.

Mas quem gasta um tempinho antes telefonando para as lojas ou consultando os preços na internet não se arrepende. “Perto da minha casa, 75, e aqui, 25. Diferença enorme. Dá para comprar três”, diz a professora Suely de Souza.

O Procon de São Paulo também fez a sua pesquisa. Foi a drogarias e farmácias de todas as regiões da cidade para saber se elas estão respeitando o teto estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O levantamento não encontrou nenhuma infração às regras da Anvisa. Mas constatou uma variação de quase 1000%, nos preços dos remédios.

A maior diferença foi encontrada na venda do paracetamol, um analgésico bem conhecido. O preço da mesma caixa do medicamento genérico variou de R$ 0,90 a quase R$ 10. O preço da caixa de outro analgésico comum, a dipirona, oscilou de R$ 0,80 a quase R$ 8,00. Entre os medicamentos de marca, o Procon encontrou o mesmo antibiótico por R$ 15 e por R$ 61.

As lojas com os preços mais baixos são as de grandes redes. “A gente compra em grande quantidade e consegue negociar bem, desconto bom, e repassa isso para o nosso cliente”, conta o gerente de farmácia Murilo dos Santos.

“Operar com o custo baixo e aí, tudo isso, a gente consegue repassar isso para o preço”, diz o diretor comercial de farmácias Reinaldo Massini.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias recomenda que o cliente pesquise os preços, mas não se esqueça de ver o prazo de validade dos remédios e avalie a loja, para ter certeza da origem dos produtos. O Procon pesquisou 68 remédios, metade genéricos, metade de marca. E a diferença entre os dois tipos ficou, em média, em 57%.

“A pesquisa, ela não, não leva em consideração descontos específicos, como por exemplo desconto aposentado, desconto a planos de saúde, a seguradoras, entre outros. Então, o que a gente sempre orienta o consumidor, de posse da pesquisa barganhar, através de descontos, se não consegue inclusive um preço melhor ainda”, recomenda a assessora técnica do ProconSP, Cristina Martinussi.

“Tem que negociar, procurar o gerente, procurar o atendente e negociar que consegue baixar”, afirma o farmacêutico e diretor de rede de farmácias, Paulo Sérgio Lopes.

O Procon também pesquisou os preços nas farmácias de outras 12 cidades do estado de São Paulo. A diferença foi mais ou menos a mesma. Só que a variação entre o remédio de marca e o genérico ficou ainda maior: mais de 60%.

Fonte:g1

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