Prefeitura de São Paulo insiste que aumento da velocidade nas marginais não vai trazer insegurança para as vias expressas. A administração foi questionada sobre a medida na primeira reunião do Conselho Municipal de Transportes da gestão Doria, nesta quinta-feira (19).
O número de acidentes com mortes nas marginais diminuiu 52% em 12 meses, segundo a CET. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 ocorrências, contra 31 casos em julho de 2015 a junho do ano passado.
Mas a Companhia de Engenharia de Tráfego afirma que o principal benefício da medida é trazer maior fluidez para o trânsito nas marginais.
O presidente da CET, João Octaviano Machado Neto, afirmou ao repórter a Tiago Muniz que o impacto será mais sentido fora dos horários de pico.
O conselheiro e pesquisador em mobilidade urbana Rafael Calábria discordou, e apontou que esse não deve ser o principal dado a ser considerado.
Para ele, a Prefeitura não conseguiu demonstrar que é possível aumentar a velocidade e manter os níveis de segurança.
O secretário municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo aposta em inteligência para evitar um aumento no número de acidentes. Sérgio Avelleda listou medidas já tomadas pelo Estado e pelo Município que
não envolvem alteração de velocidade e teriam trazido mais segurança.
Os novos limites de velocidade nas marginais entram em vigor na quarta-feira, dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo.
Na pista expressa, a máxima fica em 90 quilômetros por hora; na central da marginal do Tietê, 70; e nas locais, 60 quilômetros por hora.
Na faixa da direita das pistas locais, onde circulam os ônibus e é permitida a conversão à direita, a velocidade será de 50 quilômetros por hora.
No caso dos veículos pesados, o limite será de 50 quilômetros por hora nas pistas locais, e de 60 nas demais.