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sexta-feira, 15/11/24
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Presidente da CEB pede exoneração no DF; diretor-geral assume cargo

Decisão foi de caráter pessoal, diz GDF; Ari Joaquim da Silva assume posto. Pelo menos dez gestores deixaram cargo de chefia no governo desde janeiro.

O diretor-presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Francisco Santiago, pediu exoneração do cargo na tarde desta segunda-feira (5). Segundo o GDF, a decisão foi de caráter pessoal. O atual diretor-geral, Ari Joaquim da Silva, assume o posto. O GDF informou que Santiago vai continuar atuando como presidente do Conselho de Administração da companhia.

Saídas
Pelo menos dez gestores pediram exoneração de cargo de chefia de uma secretaria ou órgão do GDF desde o início do mandato do governador Rodrigo Rollemnerg.

Em 31 de agosto, o então secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, pediu exoneração do cargo. Na semana anterior, o presidente do PDT-DF, Georges Michel Sobrinho, deixou o comando da Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo, alegando “razões pessoais”.

As trocas de comando nos primeiros escalões do DF começaram antes da posse de Rollemberg. Em dezembro do ano passado, o indicado para a Secretaria de Saúde, Ivan Castelli, voltou atrás e recusou o convite alegando problemas de saúde. O secretário empossado em janeiro, João Batista de Sousa, renunciou ao cargo em 22 de julho e foi substituído por Fábio Gondim, que permanece na pasta

Dois dias antes, o secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antônio Paula Vogel, também pediu demissão. Segundo o GDF, ele saiu após convite do Ministério da Fazenda para integrar a equipe econômica de Joaquim Levy. A pasta é responsável por gerenciar folhas de pagamento, gastos com fornecedores, manutenção do patrimônio e modernização dos sistemas administrativos do DF.

Chefe da campanha e da transição de governo e comandante da Casa Civil nos primeiros meses de governo Rollemberg, o jornalista Hélio Doyle deixou o cargo no dia 10 de junho. Em entrevista no Palácio do Buriti, ele disse ter se tornado “o alvo das críticas” de opositores, setores da imprensa e de parlamentares distritais e federais.

Em janeiro, o diretor indicado para o Detran, Antônio Fúcio, desistiu de assumir o cargo após a divulgação de um histórico de 50 multas de trânsito, todas por excesso de velocidade, entre 2006 e 2007. Ele afirmou ao G1 que abriu mão do posto para “evitar constrangimentos”, mas disse que contesta as notificações na Justiça.

No mesmo mês, o subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo da Secretaria de Trabalho, Alexandre Donikian Gouveia, foi exonerado. A decisão teria sido tomada pelo próprio governador após ser informado de um mandado de prisão contra Gouveia expedido no ano passado, em Curitiba. O cientista político afirma que não foi procurado pela administração pública e diz que o pedido de prisão foi um erro da Justiça paranaense.

Em fevereiro, o diretor de Desenvolvimento e Comercialização da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Fábio Rodrigues Rolim, pediu exoneração do cargo. A divulgação dos supostos indiciamentos do diretor nas CPIs dos Bingos, em 2006, e das ONGs, em 2009, foi apontada como motivo para a saída. Rolim nega o envolvimento nos escândalos.

Também houve troca na Polícia Militar. O comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Evaldo Soares, deixou o cargo em março após caminhoneiros que estavam concentrados no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha fazeram um “buzinaço” na Esplanada dos Ministérios. A Polícia Militar diz que ele “colocou à disposição o cargo que ocupava”.

No início do ano, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal afastou o administrador interino do Planetário, João Bosco, após denúncias de supostos assédios sexuais e morais que estariam ocorrendo no local desde o ano passado. A secretaria informou que abriu um processo administrativo para apurar os relatos e disse que Bosco ficaria afastado da função até que a investigação seja concluída.

 

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