“Estou certo de que os Estados Unidos responderão à situação atual calma e responsavelmente”, disse Moon Jae-in
As tensões na península coreana diminuíram ligeiramente nesta segunda-feira (14), após o presidente da Coreia do Sul dizer que é preciso tratar das ambições nucleares de Pyongyang de maneira pacífica. Ao mesmo tempo, as autoridades de primeiro escalão dos Estados Unidos minimizaram o risco de uma guerra iminente com a Coreia do Norte numa tentativa de limitar a escalada verbal do conflito.
O temor de que a Coreia do Norte esteja próxima de seu objetivo de colocar o território continental dos EUA ao alcance de uma arma nuclear levou a um aumento nas tensões nos últimos meses. “Não deve haver mais guerra na península coreana. Sejam quais forem os altos e baixos que enfrentemos, a situação nuclear norte-coreana deve ser resolvida pacificamente”, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em uma reunião de rotina com conselheiros e assessores de primeiro escalão. “Estou certo de que os Estados Unidos responderão à situação atual calma e responsavelmente, com uma postura que é igual à nossa”, afirmou.
O presidente americano, Donald Trump, alertou na semana passada que os militares de seu país estão preparados caso a Coreia do Norte tome alguma atitude depois de ter ameaçado disparar mísseis perto de Guam, território norte-americano no oceano Pacífico.
Embora apoiem o discurso duro do presidente, autoridades dos EUA, incluindo o conselheiro de Segurança Nacional, general H.R. McMaster, minimizaram no domingo o risco de a retórica escalar para um conflito. “Acho que não estamos mais próximos da guerra do que uma semana atrás, mas estamos mais próximos da guerra do que uma década atrás”, disse McMaster no programa This Week, da rede ABC News.
O diretor da CIA, Mike Pompeo, disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, pode muito bem realizar outro teste de míssil, mas que falar na iminência de uma guerra nuclear é superestimar o risco.
Mas, como é comum, Pyongyang reiterou suas ameaças. A agência de notícias estatal do país disse que a “guerra não pode ser bloqueada por nenhuma potência se fagulhas voarem devido a um incidente pequeno e aleatório que não foi intencional”.