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Preso suspeito de matar Larissa, que teve o corpo encontrado em igreja

A jovem foi morta no interior da Igreja Tenda da Libertação, na Candangolândia. Caso é investigado como feminicídio pela 11ª DP

Larissa Francisco Maciel: vítima do primeiro assassinato investigado como feminicídio no DF em 2020
(foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu preventivamente um homem suspeito de cometer o primeiro feminicídio em 2020 do DF. O detido é apontado como autor do assassinato de Larissa Francisco Maciel, 23 anos.

A jovem foi morta no interior da Igreja Tenda da Libertação, na Candangolândia, no dia 6. O caso é investigado pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), que efetuou a prisão do acusado na quarta-feira (15/1). A polícia dará mais detalhes sobre o suspeito à imprensa nesta quinta-feira (16/1) à tarde.

De acordo com fontes da corporação, apuração preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) indica que a jovem morreu por esganadura. Não foram encontrados sinais de violência sexual no corpo, apesar de a vítima ter tido as roupas queimadas. Porém, o laudo cadavérico que confirmará essas primeiras impressões ficará pronto em até 30 dias.

No dia 7, o corpo de Larissa foi levado para Cabeceiras (MG), onde foi sepultado. Apesar de a jovem ser brasiliense, parte dos familiares dela vive no município mineiro.

Por que feminicídio?

A Polícia Civil apura o crime como feminicídio em decorrência do protocolo da insitutição, segundo o qual todo assassinato violento de mulher no DF seja tratado, inicialmente, como morte em decorrência da discriminação de gênero. Ao longo da investigação, a hipótese será confirmada ou descartada.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal registrou 33 feminicídios em 2019. O número é 17% maior do que o de 2018, quando 28 casos foram tipificados como tal.

Além disso, a quantidade de ocorrências do ano passado é a maior desde 2015, em que mortes de mulheres por questões de gênero passaram a ser consideradas um qualificador para o homicídio.

Por meio de nota oficial, a SSP salientou que, em maio do ano passado, iniciou campanha de incentivo para que a população denuncie casos de violência. A pasta acrescemtou que, em 2017, assinou contrato com uma empresa para o fornecimento de até 6 mil dispositivos de monitoração. “Desde então, as tornozeleiras eletrônicas tornaram-se uma alternativa para prevenir casos de violência doméstica e de feminicídio, além de atender a outras demandas judiciais, como medida cautelar e prisão provisória”, destacou o texto.

Em 2019, casos de violência contra mulheres marcaram o ano na capital. Entre eles, os feminicídios de Genir Pereira de Sousa, 47, e Letícia Sousa Curado de Melo, 26, mortas pelo cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41, em junho e agosto, respectivamente. O assassino confesso se passava por motorista de transporte pirata para atrair as vítimas. Quando elas aceitavam a corrida, ele as levava para regiões abandonadas da cidade, as matava e descartava o corpo. Além das mortes, Marinésio é investigado por abusar de outras mulheres.

Para saber mais

Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

Onde pedir ajuda

» Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência

Presidência da República / Telefone: 180 (disque-denúncia);

» Centro de Atendimento à Mulher (Ceam) / De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h / Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia e Planaltina;

» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) /

Entrequadra 204/205 Sul, Asa Sul / (61) 3207-6172;

» Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos / Telefone: 100;

» Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid)

da Polícia Militar / (61) 3910-1349 ou (61) 3910-1350

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