Contrato celebrado entre Governo do Estado e BNDES, nesta terça-feira (03), libera verba para conclusão da construção da primeira fábrica brasileira de vacinas contra a dengue.
O aporte é de R$ 97,2 milhões como recurso não reembolsável, ou seja, não é um empréstimo, mas sim investimento para iniciativas de pesquisa. Esse montante representa 31% do custo total do projeto.
Além do investimento na obra, os recursos incluem a instalação e montagem de equipamentos, mobiliário, insumos, qualificação e formação de equipes.
Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan falou sobre o funcionamento e prazos da fábrica. Já o governador Geraldo Alckmin explicou que a obra levará mais dois meses.
Alckmin acrescentou que a vacina ajudará não só os brasileiros, pois 40% da população mundial vive em países tropicais ou subtropicais, sujeitos à doença.
David Uip, secretário de Estado da Saúde, informou que a melhor forma para tratar a dengue é a vacina, mas até o medicamento ser concluído, o trabalho é intensificado para combater a doença.
A pesquisa clínica está na última fase de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que possa ser produzida e disponibilizada na rede pública de saúde em todo o Brasil.
Nesta etapa, os estudos envolvem 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil.
A nova fábrica, com 3 mil m² de área construída, foi planejada para a produção de até 100 milhões de doses de produto concentrado (bulk) e até 30 milhões de doses de vacina pronta para aplicação contra a dengue por ano.
A planta também foi planejada para operar a produção de vacinas contra a raiva e zika vírus, entre outras.
Reportagem de Fernando Martins Jovem Pan