O Ministério Público Estadual apresentou à Justiça denúncia contra quatro pessoas suspeitas de fraude no processo de desapropriações para as obras de extensão da Avenida Jacú-Pessego. Auditoria feita pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), responsável pelo empreendimento, havia apontado, em outubro, pagamentos irregulares que somavam R$ 6,2 milhões no programa de reassentamentos de famílias atingidas pelo empreendimento.
Os denunciados são o ex-diretor de engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o ex-chefe do setor de reassentamentos da empresa, José Geraldo Casas Vilela, uma funcionária de uma empresa terceirizada da estatal e sua irmã.
O levantamento da empresa havia constatado que 1.764 pessoas receberam indenizações indevidas em valores que variam de R$ 1,3 mil a R$ 11,1 mil, nas desocupações feitas pela Dersa entre 2009 e 2010. O programa de reassentamento é destinado a indenizar moradores de favelas e loteamentos clandestinos localizados no eixo das obras com dinheiro ou com moradias populares.
Os denunciados não foram localizados para comentar a denúncia. Em outubro, quando o Estado publicou o resultado das investigações da Dersa, eles negaram as acusações.