Categoria exigia reajuste salarial e manteve bloqueio das 10h às 12h. Dia começou com um protesto de morotistas de micro-ônibus no Centro.
Todos os 29 terminais de ônibus da cidade de São Paulo e mais quatro terminais que operam em estações do Metrô fecharam na manhã desta terça-feira (12) por conta de paralisação dos motoristas e cobradores. Eles reivindicavam reajuste salarial. A São Paulo Transporte (SPTrans) destacou que as negociações deveriam prosseguir sem afetar a população. São Paulo tem 14.768 ônibus que percorrem 1.388 linhas, segundo a SPTrans para atender 3,8 milhões de passageiros todos os dias.
O protesto nos terminais durou duas horas, das 10h às 12h desta terça. Após o meio-dia, os ônibus começavam a ser manobrados para deixar os terminais, mas com a grande concentração de veículos parados, a situação deve demorar para se normalizar.
Os problemas para os passageiros começaram logo no início da manhã com uma manifestação de motoristas de micro-ônibus que fazem o transporte entre cidades da Grande São Paulo reuniu cerca de 60 veículos parados na Rua Boa Vista, Centro de São Paulo. O ato não tinha relação com o protesto dos motoristas e cobradores de ônibus.
Às 6h45, os micro-ônibus ocupavam duas das três faixas, em frente à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, na altura do número 175. Apenas uma faixa e a ciclovia ficaram liberadas, mas havia carros e pessoas passando pela via de bicicletas.
Por volta de 9h55, os motoristas bloquearam a saída do Terminal Parque Dom Pedro II e deram início ao protesto nos terminais de ônibus. Passageiros foram avisados pelo sistema de som do terminal de que a paralisação deixaria as linhas fora de operação entre 10h e 12h. O mesmo anuncio também foi divulgado na estação Pinheiros da CPTM. Logo a paralisação atingiu todos os terminais de ônibus operados pela SP Trans.
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano, Valdevan Noventa, disse que a manifestação desta terça “é um alerta para todos”. Ele afirmou que a manifestação por reajuste salarial ocorre após três tentativas frustradas de negociação entre o sindicato e o setor patronal.
Segundo ele, foi oferecido reajuste de 7,21%, PLR de R$ 600, e tíquete refeição de R$ 17,69. A categoria reivindica aumento da inflação mais 7%, PLR de R$ 2 mil e vale refeição de R$ 22.
Em nota, a SP Trans destacou a necessidade de as conversas sobre salário seguissem e a operação do sistema não sofresse descontinuidade. “É fundamental que as duas partes negociem e cheguem a um acordo para que a população não seja prejudicada”, diz nota.