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terça-feira, 24/12/24
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PT mantém apoio a candidato aliado de Bolsonaro em Belford Roxo

Apoio à reeleição do prefeito Wagner Carneiro (MBD) foi mantido apesar do pedido inédito feito por todos os seis ex-presidentes do partido

Apoio contraria as recomendações do ex-presidente Lula (Adriano Machado/Reuters)

Mesmo depois de um inédito pedido feito por todos os seis ex-presidentes vivos do partido, a direção nacional do PT decidiu nesta segunda-feira, 17, manter o apoio à reeleição do prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, o Waguinho (MDB) aliado do presidente Jair Bolsonaro. A aliança foi mantida por 40 votos a 36 e uma abstenção. A corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) garantiu a maioria dos votos para a manutenção do apoio ao aliado de Bolsonaro.

O principal defensor da proposta foi o ex-prefeito de Maricá Washington Quaquá, hoje um dos vice-presidentes do PT. O diretório nacional do partido já havia autorizado a aliança na reunião anterior, dia 7. Nos dias seguintes à decisão, Quaquá e Valter Pomar, líder da corrente minoritária Articulação de Esquerda, trocaram alfinetadas por meio de textos publicados na internet.

No dia 10, os seis ex-presidentes do PT ainda vivos assinaram uma carta endereçada à presidente do partido, Gleisi Hoffmann, pedindo a suspensão da aliança. “As resoluções de nosso VII Congresso e da direção partidária são inequívocas: nenhuma aliança pode ser estabelecida com o neofascismo, com os partidos e candidatos que o representam em qualquer espaço do território nacional. O PT deve ser exemplo de coerência e firmeza, por todo o País, refutando qualquer concessão na batalha que trava nosso povo contra o autoritarismo”, dizem os ex-presidentes petistas.

A iniciativa inédita no partido teve as assinaturas de José Dirceu, José Genoino, Rui Falcão, Tasso Genro, Ricardo Berzoini e Olivio Dutra. Lideranças petistas lembram que, além de contrariar as resoluções do VII Congresso, a aliança vai no sentido contrário da orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu ao PT que lance candidatos próprios no maior número possível de capitais e cidades com segundo turno. O texto foi colocado em votação na reunião desta segunda-feira, mas foi derrotado.

 

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