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quarta-feira, 25/12/24
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Quase 1,3 mil acidentes com animais peçonhentos no DF

Maioria dos casos registrados ocorre com escorpiões, serpentes e abelhas

Arte: Divulgação/Agência Saúde

De janeiro a julho deste ano, já foram notificados pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES) 1.280 ocorrências envolvendo animais peçonhentos. A rede pública está preparada para receber pessoas que precisarem de atendimento. Em caso de acidentes, a recomendação é procurar imediatamente o pronto-socorro mais próximo.

Do total de ocorrências, grande parte envolve escorpiões, com 967 casos. A seguir vêm as serpentes, com 105 casos registrados. Na terceira posição aparecem os acidentes com abelhas: 5 casos. No mesmo período do ano passado, foram notificados 1.235 acidentes, sendo 871 casos com escorpiões, 91 com serpentes e 63 com abelhas.

Uma das medidas preventivas contra escorpiões é evitar queimadas em terrenos baldios, para não desalojar esses animais

O biólogo Israel Martins, da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), orienta:  “Ao identificar esses animais [em casa], é necessário ligar para o telefone 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local para fazer a remoção”. Ele alerta para o possível aumento de incidência de escorpiões quando voltarem as chuvas. “No período chuvoso, esses animais entram mais na casa das pessoas porque as galerias de águas pluviais ficam mais cheias e os escorpiões saem em busca de um lugar mais seguro”, explica. Aranhas, lembra ele, também requerem atenção, pois, quando desabrigadas durante as chuvas, procuram ambientes fechados.

Alguns cuidados fundamentais, enumera o biólogo, são:

  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
  • Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
  • Colocar telas nas aberturas dos ralos, pias ou tanques;
  • Fechar com tela aberturas de ventilação de porões e vedar assoalhos tapados;
  • Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
  • Manter limpos quintais e jardins.

“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas, por isso é importante ter certos cuidados, como eliminar fontes de alimentos para os escorpiões baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados”, acrescenta Israel Martins. “Além disso, devem-se evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões.”

Emergência

Caso a pessoa seja picada por escorpião, aranha, lagarta e lacraia, deve entra em contato com a Vigilância Ambiental, pelos telefones 160 e (61) 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência do cidadão, que faz a coleta dos animais existentes, efetuando busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. “Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles”, detalha o biólogo.

Nas ocorrências com abelhas, é o Corpo de Bombeiros quem deve ser acionado, pelo telefone 193; e, no caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental (190).

A Secretaria de Saúde (SES) conta ainda com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, ligue para 0800-644-6774.

A notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos. Como os dados são incluídos no sistema do Ministério da Saúde e da SES, a atualização facilita a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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