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sábado, 23/11/24
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Relatório da ONU aponta violações de direitos humanos da China em Xinjiang

Segundo o documento, a avaliação ocorre pela “extensão da detenção arbitrária e discriminatória de uigures e outros grupos predominantemente muçulmanos

“podem constituir crimes internacionais, em particular crimes contra a humanidade”, afirma relatório da ONU (Drew Angerer/Getty Images)

A Organização da Nações Unidas (ONU) concluiu que violações de direitos humanos podem ter ocorrido na região de Xinjiang, na China, que abriga grande parte da minoria muçulmana uigur do país. Em um aguardado relatório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, a conclusão é de que a privação mais geral dos direitos

“podem constituir crimes internacionais, em particular crimes contra a humanidade”.

Segundo o documento, a avaliação ocorre pela “extensão da detenção arbitrária e discriminatória de uigures e outros grupos predominantemente muçulmanos, de acordo com a lei e a política”. Entre uma série de recomendações a Pequim, estão: “esclarecer urgentemente o paradeiro de indivíduos cujas famílias busca informações sobre seus entes queridos, inclusive fornecendo detalhes de seus localizações exatas e estabelecendo canais seguros de comunicação e viagens”, além de investigar as acusações de violação de direitos humanos.

O relatório foi divulgado em um período que coincide com a saída da Alta Comissária da ONU par Direitos Humanos Michele Bachelet do cargo. O tema é alvo de disputas entre governos ocidentais e Pequim, que nega que crimes contra a humanidade sejam cometidos na região autônoma. Segundo o governo local, as ações constituem medidas de segurança contra terroristas e o extremismo em Xinjiang.

De acordo com a Associated Press, a delegação chinesa da ONU em Genebra, reagiu da seguinte forma: “baseada em desinformação e mentiras elaboradas por forças antichinesas e presunção de culpa a chamada ‘análise’ distorce as leis chinesas, calunia descaradamente a China, e interfere nos assuntos internos da China”. Por sua vez, a ONU não usou o termo genocídio para descrever a situação no país, uma alegação que foi feita por uma série de lideranças ocidentais.

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