A desaprovação do presidente Michel Temer caiu menos de 1%, valor desprezado pela margem de erro, mesmo com a recente intervenção federal militar no Rio de Janeiro, elaborada com a intenção de alçar o emedebista como pré-candidato à reeleição.
Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto MDA nesta terça (6), 83,6% dos brasileiros reprovam o desempenho pessoal de Temer na Presidência. Em setembro do ano passado, data da última pesquisa do mesmo instituto, a desaprovação era de 84,5%.
A aprovação ao presidente também ficou estável: 10,3% contra 10,1% em setembro passado. Não souberam responder 6,1% dos entrevistados.
Avaliação do governo Temer
Apenas 4,3% consideram o governo Temer ótimo ou bom, contra 3,4% da pesquisa anterior, de setembro do ano passado, que tinha margem de erro de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Os que consideram o governo Temer como regular subiram de 18% no ano passado para 20,3% na pesquisa divulgada agora.
Consideram hoje o presidente ruim ou péssimo 73,3% dos entrevistados, contra 75,6% no ano passado. Dois vírgula um por cento não souberam responder.
População aprova intervenção
A maioria da população aprova a intervenção no Rio, apesar de não transmitir a popularidade para Temer.
Para 69% dos consultados, a decisão de aumentar a força das tropas militares no Estado fluminense foi acertada. Por outro lado, 12,3% dos entrevistados discordam da intervenção e 11,4% são indiferentes.
Quase metade dos entrevistados (49,1%), no entanto, acreditam que a intervenção federal vai resolver apenas parcialmente os problemas de segurança no Rio. 13% acreditam que a medida vai resolver totalmente a questão da violência no Estado e 7,2% entendem que a intervenção vai agravar o problema.
Sobre a criação do ministério extraordinário de Segurança Pública, que passou a comandar a Polícia Federal, 62,8% se mostraram favoráveis e 16,4%, contra.
Oito em cada dez brasileiros dizem estar acompanhando ou ouviram falar sobre a medida extrema.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2002 pessoas entre 28 de fevereiro e 3 de março, em 137 cidades brasileiras de 25 unidades da federação (Estados + DF). A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos e o levantamento foi publicado no Tribunal Superior Eleitoral.