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sexta-feira, 15/11/24
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Saída de colaboradores teve início antes de posse de Rollemberg

Trocas foram motivadas por denúncias de multas, processos e impasses.
Ex-chefe da Casa Civil anunciou renúncia por se tornar ‘alvo’ de opositores.

O ex-chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Hélio Doyle, que anunciou sua saída do cargo nesta quarta-feira (10), foi o sétimo político nomeado pelo governador Rodrigo Rollemberg a deixar o governo desde o início da gestão. Nesta tarde, Doyle anunciou sua saída alegando ter se tornado “alvo das críticas” de opositores, setores da imprensa e de parlamentares.

As substituições nos primeiros e segundos escalões do GDF começaram antes mesmo da posse. Em dezembro, Doyle, então coordenador da transição do governo, anunciou a substituição do nome escolhido para assumir a Secretaria de Saúde porque o indicado,Ivan Castelli, voltou atrás e recusou o convite alegando problemas de saúde. No lugar dele, assumiu o médico e ex-vice-reitor da UnB João Batista de Sousa.

Em janeiro, o diretor indicado para o Detran, Antônio Fúcio, desistiu de assumir o cargoapós a divulgação de um histórico de 50 multas trânsito, todas por excesso de velocidade, entre 2006 e 2007. Ele afirmou que abriu mão do posto para “evitar constrangimentos”, mas disse que contesta as notificações na Justiça.

No mesmo mês, o subsecretário de Microcrédito e Empreendedorismo da Secretaria de Trabalho, Alexandre Donikian Gouveia, foi exonerado. A decisão teria sido tomada pelo próprio governador após ser informado sobre um mandado de prisão contra Gouveia expedido no ano passado pela 6ª Vara Criminal de Curitiba. O cientista político  afirma que não foi procurado pela administração pública e diz que o pedido de prisão foi um erro da Justiça paranaense.

Gouveia disse que processo diz respeito a uma importação de R$ 28 mil em mercadorias que a empresa da qual era sócio fez, dez anos atrás, e que teriam sido enquadradas em uma categoria incorreta de tributação. Quando a Receita Federal abriu processo para investigar a falha tributária, o professor diz que já tinha se mudado para o DF e que por isso não foi encontrado para a entrega da intimação. A Justiça o considerou como foragido e expediu mandado de prisão preventiva, revogado dias depois com a manifestação do réu.

Em fevereiro, o diretor de Desenvolvimento e Comercialização da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Fábio Rodrigues Rolim, pediu exoneração do cargo. A divulgação dos supostos indiciamentos do diretor nas CPIs dos Bingos, em 2006, e das ONGs, em 2009, foi apontada como motivo para a saída. Em nota, Rolim nega o envolvimento nos escândalos.

A administradora de Vicente Pires foi exonerada depois de denunciar à polícia moradores que recapeavam sem autorização uma rua esburacada da região.

O administrador regional do Guará e do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), José Edberto da Silva, foi exonerado do cargo em março. Segundo reportagem da TV Globo, ele pediu para deixar o posto depois que o governo do Distrito Federal determinou a saída de um assessor sem que ele fosse consultado.

Mais substituições
Também houve troca na Polícia Militar. O comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Evaldo Soares, deixou o cargo em março após caminhoneiros que estavam concentrados no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha fazeram um “buzinaço” na Esplanada dos Ministérios. A Polícia Militar diz que ele “colocou à disposição o cargo que ocupava”. À época, o comandante foi procurado, mas ele preferiu não comentar o assunto.

No início do ano, a Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação do Distrito Federalafastou o administrador interino do Planetário, João Bosco, após denúncias de supostos assédios sexuais e morais que estariam ocorrendo no local desde o ano passado. A secretaria informou que abriu um processo administrativo para apurar os relatos e disse que Bosco ficará afastado da função até que a investigação seja concluída.

Ruptura
Na semana passada, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), deixou a base de apoio do governador Rodrigo Rollemberg. A decisão foi comunicada aos líderes dos partidos em uma reunião no início da tarde, e confirmada no plenário da Casa. Ela diz que adotará postura “independente”.

g1

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