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Samu, 15 anos salvando vidas no Distrito Federal

Só em 2020, foram 504.800 atendimentos entre transportes inter-hospitalares, acolhimentos por telefone, envio de viaturas aos pacientes e trotes

A quantidade de ligações recebidas pelo serviço teve uma queda significativa, durante a pandemia, de cerca de 75 mil por mês para em torno de 60 mil, principalmente até junho. Foto: Divulgação / Secretaria de Saúde

O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu-DF) comemora 15 anos de existência na capital do Brasil nesta segunda-feira (24). Durante este período, ele se consolidou como um serviço essencial.

Em 2020, foram 504.800 atendimentos entre transportes inter-hospitalares, acolhimentos por telefone, envio de viaturas aos pacientes e trotes. O levantamento contempla os chamados entre janeiro até a madrugada desta segunda-feira (24) e registra, em sua maioria, atendimentos relacionados à Covid-19 a partir de abril, um mês depois que foi declarada a pandemia mundial do novo coronavírus Sars-Cov-2.

“Esses mais de meio milhão de atendimentos representam milhares de vidas salvas. O Samu-DF foi colocado a toda a prova neste ano devido a pandemia, com 24 horas contínuas de demandas. Mas conseguiu manter o nível de resposta à população”, afirma o diretor do Samu-DF, Alexandre Garcia.

Para os pacientes diagnosticados com a doença, o serviço fornece o transporte de um hospital ao outro quando necessário. Conforme os dados, o Samu-DF transportou até agosto 3.513 pacientes críticos, medida tomada nos casos mais graves, como levar acometidos pela Covid-19 às Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), por exemplo.

“Com a pandemia, o número de transportes inter-hospitalares praticamente dobrou. Em média, levávamos por dia entre 12 a 13 pacientes graves para a UTI, mas nos últimos meses chegaram a 20, até 30”, Alexandre Garcia.

Além disso, a população acometida pelo coronavírus também tem à disposição o Telecovid, criado por uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública que ajudou a reduzir o impacto nas ligações no telefone 192 do Samu-DF, atendendo pelos números 190, 193 e 199.

Dos atendimentos realizados, 57.138 foram atrelados, onde o médico atende por telefone e envia uma viatura ao paciente ou dá orientações. “Levando em conta que os casos de AVC, infarto e bronquite asmática não pararam nesses meses, os atendimentos atrelados também tiveram um aumento com os quadros relacionados ao coronavírus”, explicou o diretor.

Queda

Porém, outro fator que chamou a atenção durante a pandemia foi que a quantidade de ligações recebidas pelo serviço teve uma queda significativa de cerca de 75 mil por mês para em torno de 60 mil, principalmente até junho.

De acordo com o diretor do Samu-DF, muito disso se deve aos decretos do Governo do Distrito Federal (GDF) para que fosse mantido o distanciamento social e fechados bares e escolas na ocasião. “As pessoas haviam parado de sair de casa, então os incidentes com álcool, acidentes de motos e carros, brigas de bares motivados pelo consumo de álcool, tudo isso diminuiu”, pontuou.

Trotes

O número de trotes também reduziu durante a pandemia e o isolamento social. Conforme os dados do Samu-DF, entre abril e maio do ano passado eles representaram em torno de 7% das ligações recebidas. Neste ano, ficaram em cerca de 2,5%. Taxa que se manteve até meados de agosto. Desde o início do ano até agora, o serviço recebeu 14.348 trotes.

Para o diretor, além dos pais estarem mais vigilantes, e dos profissionais do Samu-DF serem preparados para identificar os trotes, também contribuiu para a redução o trabalho extensivo do projeto Samuzinho. A iniciativa se tornou uma referência em educação às crianças sobre a importância do uso correto do telefone 192. “Mesmo na pandemia, ele não parou, com materiais educativos sendo divulgados nas redes sociais, onde as crianças têm acesso”, destacou.

*Com informações da Secretaria de Saúde

 

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